Os bancos de dados são o grande alvo - com 39% dos ataques direcionados dos cibercriminosos às empresas, revela um estudo feito pela Unisys e pelo Ponemon Institute, entre abril e maio desse ano. O levantamento mostra também outras miras: 36% a desktops, laptops, smartphones e tablets; e 33% a sistemas baseados em nuvem. Uma das constatações do estudo é que a maioria de provedores de infraestrutura crítica em todo o mundo, apesar de admitir já ter sofrido algum tipo de violação de dados, não classifica a segurança da informação como prioridade. Esse índice de falha chega a 70%.
Acidentes ou erros internos (45%) lideram a lista de causas das falhas ocorridas nos últimos 12 meses. Em seguida vêm ataques externos (28%) e códigos maliciosos (27%). Os ataques internos representam 20% do total. Mesmo diante de tantas evidências de perda de informações confidenciais ou interrupções de operações, apenas 32% dos entrevistados classificaram a segurança como uma das cinco prioridades estratégicas na organização. Enquanto a média global é de 40%.
"Os resultados da pesquisa são surpreendentes, uma vez que as indústrias ouvidas formam a espinha dorsal da economia global e não podem estar suscetíveis a uma ruptura", diz Larry Ponemon, presidente e fundador do Ponemon Institute. Ele diz que há indícios que apuram negligência com a segurança da Informação.
Um em cada nove participantes considera que sua empresa possui um nível alto de maturidade em relação ao programa de segurança de TI. Apenas 3% dos entrevistados na América Latina afirmaram que a empresa fornece treinamento de segurança cibernética para todos os funcionários. A média mundial, apesar de também ser baixa, representa o dobro da região (6%).
Entre as prioridades de segurança, 38% das empresas latino-americanas buscam prevenir ataques cibernéticos, 6% a menos que a média global. Mas, 57% dos entrevistados na América Latina anteciparam a preocupação com um ou mais ataques a sistemas de TI nos próximos 24 meses, bem próximo da média global de 53%.
"Seja intencional ou acidental, as ameaças de dentro das empresas são tão reais e devastadoras quanto àquelas que vêm de fora", conta Italo Cocentino, diretor de Programas Estratégicos da Unisys para América Latina. "Esperamos que os resultados da pesquisa sirvam como um alerta para provedores de infraestrutura crítica e criem uma abordagem muito mais proativa e holística das empresas para protegerem seus sistemas de TI contra ataques. Devem ser tomadas medidas antes de ocorrer um incidente, e não apenas depois de uma violação", conclui.
O levantamento Unisys/Ponemon Institute foi realizado em 13 países, com a participação de 600 executivos de segurança de organizações dos setores de petróleo e gás, utilities, energia alternativa e manufatura. As organizações da América Latina representaram 13% do total de empresas analisadas. A pesquisa completa, em inglês, esta disponível no site da Unisys.
Site: Convergência Digital
Data: 24/07/2014
Hora: 10h21
Seção: Segurança
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Link:
http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=37305&sid=18#.U9FYf-OrrkU