TI mostra sua força e impulsiona negócios no Brasil

02/09/2014
Integração é a palavra-chave para a EMC fortalecer seus negócios no Brasil, revela o presidente da companhia, Carlos Cunha. Se em termos econômicos, o ano no Brasil é classificado como 'desafiador', a TI recupera seu status e abre novas oportunidades de negócios.

Em entrevista concedida durante o EMC Forum, realizado no dia 28 de agosto, em São Paulo, Cunha também falou da pesquisa realizada pela companhia com C-Levels de 92 companhias nacionais. Ele admite que o CIO está mudando de função, mas de forma alguma está perdendo força na definição da estratégia de negócios.

Convergência Digital — O estudo divulgado pela EMC mostra uma mudança importante para quem atua em Tecnologia. Chamada de 'irrelevante' há algum tempo, agora, ela reocupa um lugar de destaque?

Carlos Cunha — Eu diria que foi uma mudança de 180 graus. Ela saiu de quase perdendo relevância para ser mais atrelada ao negócio. As megatendências — a computação em nuvem, a mobilidade social — levaram a TI para o centro do negócio. Ela está tendo um papel importante não só e para desenvolver novos produtos, mas também tem a missão de ter um olhar mais atento para evitar que concorrentes disruptivos apareçam. A TI hoje está dentro do negócio das empresas e em qualquer segmento produtivo.  

Convergência Digital — Com esse novo olhar sobre a TI, o CIO perde força?

Carlos Cunha — De forma alguma. O CIO (Chief Information Officer) ganhou ainda mais relevância dentro do core business dele. Eu vejo o CIO se transformar de um profissional que vai entrega uma infraestrutura que só pode ser adquirida com a decisão dele, para ser o profissional que vai chegar e dizer se a infraestrutura que o cliente pediu - por qualquer meio disponível, pode ser um portal, um catálogo ou vendo custos - é viável e trará benefício ao negócio. Essa infraestrutura poderá ficar hospedada dentro da empresa ou fora, numa nuvem pública. O CIO terá que ter a capacidade de fazer esse movimento: escolher a nuvem pública ou privada, conforme a prioridade da aplicação solicitada.

Convergência Digital — Isto significa que a área de TI está entendendo que ela não pode mis resistir às mudanças? 

Carlos Cunha — Sem dúvida. A nossa pesquisa feita com C-level-tomadores de decisão da infraestrutura- revela que a necessidade de mudar é muito clara. Também reessalta que as quatro megatendências não são buzzwords. elas, hoje, são realidade e as corporações que não estejam atentas a esses pilares poderão surpreendidas e perderem participação de mercado, até para um competidor que até ontem não existia. Isto é muito importante. [A empresa] precisa de um apoio e, quando se fala em redefinição de TI e em redefinição de negócio, nós temos três pilares: o primeiro é infraestrutura, o segundo é a aplicação e o terceiro é processo e pessoas. E a pesquisa mostrou que 76% dos entrevistados falaram que, nos próximos dois anos, vão investir bastante em treinamento e certificação.

Convergência Digital — No modelo de federação da EMC, as empresas competem e cooperam, como isto está sendo organizado no Brasil? 

Carlos Cunha — Eu estou na federação, mas não liderando a federação. Eu sou responsável pela EMC II no Brasil, que é a única que integra isto realmente. Nosso foco hoje é ser o melhor integrador da federação. E a gente veio investindo nos últimos anos em consultoria, entrega e certificação para ter a capacidade de implementar fim a fim toda a solução de cloud híbrida, big data e plataforma como serviço. Queremos ser o melhor integrador da federação, apesar de que nós damos a liberdade de escolha para o nosso cliente. Se ele optar que uma das camadas é de outro fornecedor, nós também vamos integrar.

Convergência Digital — Como você avalia o ano de 2014? 

Carlos Cunha — É um ano desafiador, basta ver o PIB (Produto Interno Bruto)está caindo quase que semanalmente. Até aqui viemos cumprindo com o nosso crescimento acordado com a corporação. Vejo um segundo semestre também desafiador, mas estou otimista, acho que vamos conseguir passar porque nos preparamos muito. Apesar de o mercado estar, em termos econômicos, turbulento, a necessidade do que a EMC hoje oferece para seus clientes tem sido muito importante. Nós estamos atrelados ao negócio. E não dá para deixar o negócio para depois. Vejo com muito otimismo a EMC ao longo deste ano.

Site: Convergência Digital
Data: 01/09/2014
Hora: 11h
Seção: Negócios
Autor: Ana Paula Lobo e Roberta Prescott
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=37682&sid=5#.VATaNvnxowB