As empresas brasileiras precisam abraçar a mobilidade para se tornar mais competitivas nos negócios. Segundo Adriano Candido, diretor de desenvolvimento da Softtek no Brasil, fundadora da indústria nearshore e fornecedora global líder no mercado de TI dedicada a maximizar o valor das aplicações, o movimento ainda é tímido quando a discussão se volta para a mobilidade empresarial.
“Ainda faltam estratégias bem definidas”, explica o especialista. Abaixo ele lista os cinco principais erros cometidos pelas companhias. São eles:
1- Utilizar o conceito para projetos simples
Para Candido, as iniciativas ainda são mal aplicadas. As empresas usufruem muito menos da mobilidade do que deveriam. “A busca por projetos simples e que demandam baixo investimento ainda é uma realidade”, afirma o executivo.
Apesar do surgimento diário de novas aplicações mobile, a maioria dos projetos concentra-se nos processos mais simples da cadeia, atreladas à contenção de gastos.
“O conceito ainda tem sido muito mais aproveitado para a troca de dados ao invés da análise das informações”, explica. De acordo com Candido, os processos de aprovações e consultas de informações em dispositivos móveis lidera a procura por projetos.
2- Deixar de lado as estratégias e atirar no escuro
Como todo investimento em uma nova tecnologia, o ideal é planejar, avaliar os cenários, riscos e aplicações que a empresa já possui antes de investir em um projeto de mobilidade. Mais importante do que ter uma aplicação mobile é saber o que você deseja com ela.
“A TI está a serviço das demandas das áreas de negócios, que hoje não conseguem inovar e evoluir sem o apoio das novas tecnologias, mas atirar no escuro, sem definir os passos que deverão ser seguidos e onde a companhia pretende chegar com o uso de aplicações móveis pode causar certa frustração e descontentamento com as ferramentas”, alerta Candido.
O diretor sugere que as companhias não tenham medo de fazer perguntas básicas como: a tecnologia que vou implantar é realmente importante para o meu negócio? Quais resultados pretendo atingir? Onde quero chegar? Muitas vezes o apoio de empresas especializadas é essencial para direcionar os melhores investimentos.
3- Não apostar no uso da mobilidade para os níveis operacionais
A alta gestão ainda tem mais acesso às aplicações móveis do que o nível operacional. Estender o uso do conceito para as equipes que trabalham remotamente, como vendas e profissionais de campo, podem trazer benefícios para a gestão dos negócios com informações tratadas em tempo real.
“Para uma empresa de energia que conta com colaboradores em campo que utilizam dispositivos móveis para trocar informações com a base, o uso de uma aplicação móvel pode ajudar a prevenir incidentes e auxiliar as equipes mais rapidamente no caso de manutenções da rede elétrica”, exemplifica o diretor.
4 - Falta de investimento na integração dos sistemas
Não pensar no uso do conceito para potencializar a comunicação em tempo real e não investir na integração das aplicações, para que elas “conversem” com os devices tradicionais, é uma atitude que deve ser evitada.
“Não faz sentido utilizar as aplicações móveis como um caderno de anotações de bolso”, explica Candido. Para ele, o ideal é investir na integração de todos os sistemas para que os usuários das aplicações móveis tenham autonomia para interagir por meio dos seus tablets ou smartphones com as equipes alocadas.
5 – Receio dos gargalos na segurança e redes de Telecom
Muitos dados que ficam disponíveis para acesso remoto estão na nuvem, o que ainda gera certa insegurança por parte das empresas. Outro ponto é a abrangência das redes de telecomunicações brasileiras.
“O receio de investir na utilização de aplicações móveis e não ter a cobertura das redes para rodá-las em qualquer local ou atender com segurança às demandas da grande explosão de dados é um ponto que ecoa na cabeça dos tomadores de decisões”, afirma Candido.
Oferecer uma aplicação móvel a um profissional de campo ou de vendas sem ter a certeza de que a infraestrutura atual de comunicação pode suportar com eficiência a grande demanda de tráfego de dados é um gap que pode impactar na hora do investimento.
Sobre a segurança, a recomendação do executivo é exigir dos dispositivos e aplicações móveis a mesma atenção dada aos PCs tradicionais. “Muitos processos, políticas, orientações e tecnologias usadas em desktops e notebooks também são aplicadas às plataformas móveis. O ideal é segui-las e não deixar de investir em algo que pode potencializar os negócios com este receio”, reforça.
Site: Computerworld
Data: 05/09/2014
Hora: 7h31
Seção: Tecnologia
Autor: ------
Link: http://computerworld.com.br/tecnologia/2014/09/05/veja-cinco-erros-que-inibem-uso-da-mobilidade-nas-empresas/