Ao avaliar o resultado do leilão da faixa de 700 MHz, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, lamentou a falta de fôlego financeiro da Oi, que anunciara uma semana antes ter desistido da disputa. Para ele, além da arrecadação menor que a esperada – quase R$ 3 bilhões menor – a ausência da operadora prejudica o setor.
“Do ponto de vista do Tesouro, é uma coisa negativa o fato de a arrecadação ter sido menor. Do ponto de vista do Ministério das Comunicações, acrescento que é negativo porque não vamos desenvolver plenamente o setor como queríamos. Gostaria que a Oi tivesse comprado e também tivesse condições de contar com essa frequência para ajudar a desenvolver o 4G no país.”
Segundo o ministro, a faixa de 700 MHz tem características importantes, a começar pelo custo menor de investimentos em relação a outra faixa usada para o 4G no Brasil, 2,5 GHz. Nesse sentido, acredita que a Oi está igualmente prejudicada porque continua com obrigações daquele primeiro leilão sem as “vantagens” da nova faixa.
“De fato é um problema. O 4G com a frequência de 700 MHz vai melhorar muito. As antenas terão fibras ópticas, saindo das capitais o 700 MHz é amplamente vantajoso, mais barato de implementar. Então, com certeza não ter os 700 MHz significa uma limitação na sua atuação. De jeito nenhum acho que isso é bom”, diz Paulo Bernardo.
“É um aspecto negativo. Tínhamos a expectativa de que a Oi conseguisse organizar sua participação e lamentavelmente não deu. Tenho certeza que eles não participaram por absoluta falta de condições. Acho que não ter a frequência de 700 MHz representa uma limitação para o desenvolvimento do 4G, se fosse para todo mundo, do setor, no caso da Oi, é uma limitação.”
Site: Convergência Digital
Data: 01/10/2014
Hora: 9h45
Seção: Telecom
Autor: Luís Osvaldo Grossmann
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=37987&sid=8#.VCxqwfldV2E