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Enquanto as operadoras listem vantagens claras para os negócios com o uso do Big Data, reguladores têm preocupações com o uso dessa ferramenta. Além dos riscos inerentes à quebra da privacidade, o próprio armazenamento dos dados deve levar em conta questões de jurisdição e “proximidade” das informações.
“Com a grande quantidade de informações não estruturadas, cada vez mais armazenadas, a localização desses datacenters deveria estar mais próxima dos usuários. Esse é um ponto que deve se discutir”, defendeu o vice-presidente da Anatel, Jarbas Valente, em debate na Futurecom 2014 nesta terça-feira, 14/10.
“Preservando a privacidade e criando condições de implantar datacenters no Brasil, podemos garantir no curto prazo um maior acesso às informações pelos usuários”, insistiu o conselheiro. Ele acredita também que no campo da neutralidade de rede, “será importante sabermos até que ponto podemos ter trade off no uso das informações”.
A privacidade é uma preocupação corrente do outro lado do Atlântico também. Como destacou a presidente da Anacom (a Anatel de Portugal), Fátima Barros, “os reguladores devem chamar atenção para as inconveniências do Big Data, para os problemas relacionados à privacidade. O Big Brother de George Orwell é uma pálida comparação”.
“É uma questão muito perigosa. A produção dessa informação em avalanches permite análises que tendem a fazer previsões para o futuro, que vão indicar que em certa região, ou alguém de certa etnia, tem mais possibilidades de se tornar criminoso. Ou que tem menos ou mais possibilidade de obter um empréstimo. As informações podem vir a gerar comportamentos muito preocupantes em termos de discriminação e isso não podemos esquecer”, afirmou a presidente da Anacom.
Site: Convergência digital
Data: 14/10/14
Hora: ------
Seção: Futurecom 2014
Autor: Luís Osvaldo Grossmann
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=38126&sid=80#.VD2MHPldV2E
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