Wearables colocarão internet sob tensão

24/10/2014

A Akamai está preocupada com a possível proliferação de dispositivos de tecnologia vestíveis. Fornecedora de serviços de cloud computing que lida com quase um terço do tráfego mundial de internet, a companhia considera que os wearables colocarão uma enorme pressão sobre a sua rede de distribuição de conteúdos e a própria web.

Dispositivos como relógios e óculos inteligentes vão aumentar significativamente a quantidade de dados que trafegam através da rede e isso poderá criar estrangulamentos, caso medidas não sejam tomadas o quanto antes, pondera John Dillon, vice-presidente de marketing da companhia para a região EMEA.

Em uma conferência em Londres, o executivo revelou que a empresa começa a equacionar várias formas de ganhar largura de banda através da introdução de diferentes protocolos de rede. Pensa, inclusive, em adotar arquitetura em forma de malha e colaborar com soluções juntamente com fabricantes de chips.

A rede da Akamai ainda não atingiu a plena capacidade, mas podem surgir problemas sérios dentro de um prazo de cinco anos se não forem tomadas medidas agora, reconhece Dillon. Até agora, o fornecedor tem lidado com o aumento do tráfego de dados através da implantação de mais servidores e conectividade de maior largura de banda.

“Mas não podemos apenas continuar a adicionar mais recursos para amenizar o problema da forma como temos feito até hoje”, admite o vice-presidente, que adiciona. “É necessário uma maneira diferente de pensar a questão.”

Redg Snodgrass, CEO da Wearable World, organização cujo objetivo é impulsionar a evolução de dispositivos vestíveis e da internet das coisas (IoT), adotou uma postura um tanto mais catastrófica. O executivo prevê a ocorrência de um “apocalipse de dados”. Para ele, contudo, é interessante ver que empresas como a Akamai estão preocupadas e pensando em soluções para que esse futuro não seja assim tão sombrio.

Site: Computerworld
Data: 24/10/14
Hora: 8h05
Seção: Tecnologia
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