Brasileiro ignora ameaça dos hackers e aponta 'exagero' da indústria

11/11/2014

Os internautas brasileiros são céticos quantos aos ataques cibernéticos. Para 17%, as ameaças anunciadas representam um exagero das empresas de segurança online. O resultado é que os equipamentos ficam sem qualquer tipo de proteção contra riscos que ameaçam seus dados e vidas virtuais.

Mesmo as pessoas que acreditam na veracidade das ciberameaças nem sempre estão convencidas de que precisam de proteção. Entre os usuários brasileiros, apenas 28% acreditam que possam ser objeto de ataques por cibercriminosos.

Para 27% dos usuários no Brasil, a possibilidade de que suas contas online possam estar comprometidas não representa uma preocupação, ou eles estão alheios a este risco. Esta postura não se aplica somente a páginas pessoais em sites de redes sociais, mas  também as contas bancárias online, que poderiam entregar as finanças pessoais do usuário a um cibercriminoso.

Os dados fazem parte de uma pesquisa de uma pesquisa realizada pela Kaspersky Lab em parceria com a B2B Internacional. O levantamento mostra que muitas pessoas sentem que as perdas financeiras resultantes de ataques cibernéticos são pouco prováveis. No Brasil, 35% dos entrevistados desconhecem ou não estão preocupados com a possibilidade de tais perdas.

Mesmo quando o proprietário não armazena dados valiosos no dispositivo e não realiza transações financeiras online, os cibercriminosos podem fazer uso de qualquer computador, smartphone ou tablet - talvez convertendo-o em um bot que envie spam -, para executar ataques DDoS ou enviar links de phishing por meio de mensagens instantâneas e e-mails. O estudo revela que os brasileiros  não se dão conta de que tais perdas podem estar relacionada ao roubo de dinheiro de suas contas bancárias.

Uma infecção por malware também pode conduzir a gastos imprevistos, incluindo custos relacionados aos serviços de um especialista em TI, a reinstalação de software ou a indisponibilidade temporária de um dispositivo. Em geral, 21% dos entrevistados que tiveram malware em seus dispositivos sofreram perdas financeiras como resultado do incidente.

Segundo os resultados da pesquisa, 18% dos entrevistados não estão conscientes que o uso de redes Wi-Fi públicas é arriscado, uma vez que os dados que trafegam nestas redes podem ser interceptados por cibercriminosos. A mesma proporção de usuários (18%)  está consciente desta ameaça, mas não acredita que deva se preocupar com isso. Ao mesmo tempo, dos 56% dos entrevistados utilizam redes públicas, 6% colocam suas informações pessoais em sites enquanto estão conectados por esse tipo de rede.

"As pessoas pensam que estão seguras, porque os cibercriminosos não as atacariam ou não estariam interessados. Elas simplesmente não entendem a natureza das ameaças online. Os hackers não tendem a se concentrar em objetivos específicos. Querem obter o maior número de  vitimas  possível. Por isso é muito arriscado utilizar Internet sem uma solução de segurança”, afirmou Elena Kharchenko, chefe de Administração de Produtos de Consumo da Kaspersky

Site: Convergência digital
Data: 10/11/14
Hora: 15h
Seção:  Segurança
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Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=38363&sid=18#.VGEWM_nF92E