A Tim quer ter o 4G em 700 MHz em serviço nas Olimpíadas 2016. E para isso vai utilizar o seu poder de decisão no Gired. “Se houver acertos entre as engenharias, não vejo motivo para não agilizar. Os conflitos estão minimizados agora. A digitalização chegou para valer", disse o presidente da tele, Rodrigo Abreu.
Nesta quinta-feira, 11/12, a Tim Brasil realizou, em São Paulo, um encontro com a imprensa para falar dos planos de 2015. O Gired, o grupo de implementação da digitalização será formado pelas operadoras que venceram o leilão 4G em 700 MHz, terá atenção prioritária. Coordenado pelo conselheiro da Anatel, Rodrigo Zerbone, na prática será a instância de decisões que depois serão operacionalizadas Entidade Administradora da Digitalização. A projeção é que a EAD venha a ser criada em 90 dias para operacionalizar a “limpeza” da faixa de 700 MHz. O vice-presidente da Tim Brasil, Mario Girasole, garantiu que a operadora vai levar o poder executivo para o Gired.
“Vamos decidir quem vai estar no Gired, mas seremos o Rodrigo (Abreu, presidente da TIM), eu e o Leonardo Capdville, CTO da tele. Teremos um assento pleno e um suplente. Tem que ser alguém que tenha poder de decidir. De propor medidas efetivas. O Gired terá um papel crucial para termos 4G em 700 MHz o quanto antes. A nossa ideia é pensar em negociar o agrupamento de municípios, até em função da capacidade do 4G em 700 MHz, e assim, conseguir, se for possível, levar o serviço para as Olimpíadas”, frisou Girasole.
Para Rodrigo Abreu, como o bloco 4 não foi vendido, uma vez que a Oi não participou da licitação, a questão da interferência fica ainda mais minimizada se ela, de fato vir a existir. "A guarda de faixa ficou maior e nos permite uma convivência mais pacífica entre as tecnologias", explica. Para o presidente da TIM Brasil, o prazo dado de 12 meses para o começo do serviço após a limpeza da faixa, poderá, sim, ser reduzido. "Não vejo motivo para não cair. Esse é um prazo máximo", disse.
Um outro possível conflito - TV analógica com um digital no co-canal - também poderá ser contornado com o rearranjo dos blocos de municípios. "Temos que sentar e conversar. A verdade é que o GIRED terá um poder de mudar o mercado. "Vamos, enfim, poder pensar, de verdade em compartilhamento de infraestrutura física e de frequência nas cidades de menor poder econômico não apenas com as teles, mas com as radiodifusores. Fazer o GIRED, e por tabela a EAD, funcionarem bem será uma tarefa relevante em 2015", frisou Abreu. O leilão destinou R$ 3,6 bilhões para a limpeza da faixa pelos radiodifusores.
A TIM entrou com 1,199 bi na EAD - mesmo montante da Claro e da Vivo. "Esses recursos já estão provisionados por quem venceu o leilão, não haverá nenhuma discussão sobre eles", sustenta o VP da TIM, Mario Girasole. Com relação ao valor pago pelo 4G, Girasole confirma que a TIM foi à justiça questionar a cobrança dos R$ 62 milhões adicionais feito pela Anatel. "Está na Justiça agora. Nós pagamos o valor principal e estamos questionando esse montante. Se a Justiça determinar que temos de pagar, vamos pagar, mas vamos mostrar que não achamos o valor justo", completou o VP da TIM Brasil.
Site: Convergência Digital
Data: 11/12/14
Hora: 17h10
Seção: Telecom
Autor: Ana Paula Lobo
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=38636&sid=8#.VIsIANLF_EU