Os 100 domínios de topo genéricos (gTLDs, na sigla em inglês) “.rio” liberados pela ICANN para serem usados pela cidade do Rio de Janeiro, não estão sendo comercializados, porque ainda não foram estabelecidos os cartórios online que vão administrar e fazer a venda do .rio. “Não temos a data oficial, pois há questões a serem resolvidas”, disse Pedro Peracio, chefe-executivo digital da Coordenadoria de Novas Mídias Digitais do Gabinete do Prefeito. A expectativa é que sejam criados três cartórios online.
Parte dos domínios será usada pelo governo e o restante ficará disponível a empresas interessadas em associar as suas marcas ao sufixo .rio. No entanto, a prefeitura, que está à frente do processo, não decidiu a quantidade que será endereçada a cada segmento. Enquanto a decisão não sai, a prefeitura montou um hotsite para os interessados fazerem um pré-cadastro. “O cadastro não garante a compra, mas terão prioridade e serão informados em primeira mão”, alertou Peracio.
Em entrevista ao site Abranet, o chefe-executivo digital da Coordenadoria de Novas Mídias Digitais do Gabinete do Prefeito do Rio de Janeiro explicou que uma das preocupações da prefeitura é não deixar que pessoas comprem os domínios para revendê-los depois. Assim, haverá uma checagem para averiguar se o estabelecimento que fizer a requisição está realmente estabelecido na cidade e envolvido com o endereço online pedido — leia as regras aqui.
Peracio também reforçou que nomes de domínio público, como hoteis.rio, Ipanema.rio, praia.rio, não serão vendidos. “O .rio coloca um pouco do DNA da cidade no negócio, é importante para se posicionar. Cidades como Nova York e Tóquio já fazem uso [do sufixo].” Perguntado sobre o uso do sufixo para os Jogos Olímpicos de 2016, Peracio disse que a vontade é usar, mas que é necessário fazer reuniões com o comitê organizador dos Jogos para entender as regras e a burocracia.
Além do .rio, no Brasil, os nomes de domínio que foram propostos estão sendo contratados. A maioria está em fase de finalização de contratos com bancos e empresas para uso. No início de dezembro, a primeira extensão de domínio para empresas da América Latina, o .LTDA, ficou disponível a todos. O novo domínio de primeiro nível é dirigido a empresas que operam, na região de língua portuguesa, como “Sociedade Limitada“ ou, na região de língua espanhola, como “Sociedad de Responsabilidad Limitada“ ou “Compañía de Responsabilidad Limitada“. Somente no Brasil, Chile, Equador e Colômbia, há mais de seis milhões destas empresas atualmente.
*Roberta Prescott é repórter do site da Abrane
Site: Convergência Digital
Data: 21/01/2015
Hora: 18h12
Seção: Internet
Autor: Roberta Presscott
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=38797&sid=4#.VMDfSNLF_EU