A batida dos tambores que anunciam novidades em torno de tecnologias móveis não desacelera com o tempo. Smartphones ganham cada vez mais espaço, trazendo à reboque a intensificação da consumerização da TI e puxando modelos de consumo baseado em cloud. Há de se considerar, também, os dispositivos tecnológicos vestíveis, que começam a inundar o mercado.
Obviamente, muito desse barulho em torno do avanço das tecnologias móveis não passa disso… apenas barulho. E, às vezes, essa poluição sonora pode até abafar a audição de um player novo e realmente inovador nesse segmento. Para colocar um pouco de ordem nessa música, listamos (sem nenhuma ordem, em particular) algumas empresas que têm feito coisas diferentes e que valem a menção.
Data de fundação: setembro de 2014
Aporte recebido: US$ 4,25 milhões
A empresa recentemente recebeu uma roda de aporte milionária, a primeira desde que abandonou o nome Gizmox, há alguns meses. Ainda com a outra marca, já havia recebido US$ 18 milhões de fundos de investimento. A grande ideia da Reddo é entregar aplicações Windows desenvolvidas para desktop em dispositivos móveis através de uma interface HTML5 – sem codificação ou trabalho de script para o usuário final.
Data de fundação: junho de 2001
Aporte recebido: US$ 50, 5 milhões
Aqui uma ideia similar a citada anteriormente, mas, ao invés de aplicações de desktop, o foco são soluções corporativas, como SAP e Salesforce. Por trás da Capriza estão quatro executivos que fundaram a Mercury Interactive, empresa d gestão de software comprada pela HP por US$ 4,5 bilhões em 2006.
Data de fundação: início dos anos 2000
Aporte recebido: sem aportes
Sabemos que uma empresa fundada no começo dos anos 2000 não entra, exatamente, na categoria de startup. Quer dizer, deve ter sido uma algum dia e, tudo correndo bem, já passou dessa fase há algum tempo, certo? Mas alguns ventos sopram tão devagar que vale a pena esperar. É o que diz Steve Perlman, fundador e empreendedor serial, sobre a companhia que fornece tecnologia sem fio pCell que é capaz de lidar com uma vasta quantidade de tráfego 4G usando dispositivos de rádio utilizados atualmente.
Data de fundação: janeiro de 2005
Aporte recebido: US$ 57,1 milhões
Fundada por Hussein El-Ghoroury, que vendeu seu empreendimento anterior à IBM por US$ 250 milhões, em 1997, essa é outra empresa de ritmo lento. A Ostendo levantou uma quantidade impressionante de dinheiro para trazer à realidade um pequeno projeto holográfico ao seu smartphone. A expectativa é trazer bons produtos a partir do segundo semestre de 2015.
Data de fundação: 2012
Aporte recebido: US$ 23 milhões
Há um grande alvoroço em torno do Google Glass. Algumas dessas euforias são justificáveis. Por exemplo, a Augmedix tem feito um bom trabalho com uma solução para manter informações de pacientes diretamente no campo de visão dos médicos.
IndoorAtlas
Data de fundação: janeiro de 2012
Aporte recebido: US$ 14,5 milhões
GPS com alto nível de precisão são ferramentas importantes. A IndoorAtlas usa mapeamento e localização baseada em pequenas variações do campo magnético da terra.
Data de fundação: janeiro de 2013
Aporte recebido: US$ 10 milhões
Apesar da rápida evolução dos smartphones, a experiência de navegação nesses dispositivos ainda não é tão fluida quanto em aparelhos com telas maiores. Essa startup quer entregar muitos conteúdos web em “cards”, pequenos pacotes de dados pré-renderizados o que, supostamente, torna o fluxo de trabalho muito mais rápido.
Blackphone
Data de fundação: 2014
Aporte recebido: privado
Muitas das tecnologias móveis importantes de nossos tempos versam sobre o tema de compartilhamento. Compartilhar informações de localização, lista de contatos, selfies. Para o inferno com isso, praguejam os criadores do Blackphone. A empresa baseia sua oferta com uma forte ênfase em segurança e privacidade em compartilhamento feitos em dispositivos móveis.
Data de fundação: 2010
Aporte recebido: US$ 1,4 milhão
XOEye Technologies finca suas bandeiras como sendo uma tecnologia vestível para aplicações em ambiente de indústria. A ideia é prover habilidade de visualização remota para que gerentes ajudem/fiscalizem funcionários na execução de tarefas industriais complicadas utilizando óculos inteligentes customizados para acompanhamento remoto.
Data de fundação: junho de 2014
Aporte recebido: não revelado
Startup baseada em Boston cujo produto ainda é um segredo. O fundador da empresa, Dan Roth, divulgou em uma rede social previsões tentadoras sobre o foco de trabalho da companhia: processamento de linguagem natural e inteligência artificial para criar agentes avançados de suporte de voz em dispositivos móveis. Cuide-se, Watson.
Site: Computerworld
Data: 23/01/2015
Hora: 8h05
Seção: Negócios
Autor: Jon Gold
Link: http://computerworld.com.br/negocios/2015/01/23/10-startups-de-mobilidade-que-valem-a-pena-observar/