No dia a dia corporativo, participamos de diversas reuniões, projetos e comitês para definir e especificar modelos e metodologias para a organização do ambiente operacional. Mas quantos projetos organizacionais você já viu naufragar? E quais são as razões para o fracasso? Quando tentamos definir a “melhor” visão a adotar nas empresas, as divergências sempre aparecem. Qual modelo adotar? Foco funcional? Orientação por processos? Por projetos?
Percebemos que, muitas vezes, esta discussão ocorre com pouco embasamento teórico e quase nenhum senso prático. E a busca por uma nova direção a seguir – que normalmente é cercada de boas intenções – acaba em desentendimentos e pendências que contribuem para a frustração dos participantes da empreitada.
Focando apenas na adaptação dos sistemas, este cenário é bastante comum nas organizações que buscam mudanças. Por outro lado, as organizações que conseguiram atingir altos níveis de ganho em produtividade e qualidade certamente o fizeram com forte apoio das soluções de sistemas envolvidas.
Muitas organizações acreditam que “mudar custa caro”, pois consome energia, exige análise contínua e correção frequente de rota. Os Sistemas normalmente fazem parte da mudança, antecipando investimentos, demandando supercapacidade analítica, e não raro exigem uma verdadeira “visão de futuro” na qual é preciso prever como deverá ficar a empresa, a operação e o sistema antes mesmo de começar a implantação da mudança.
Dentre as principais barreiras para a mudança operacional em sistemas, estão:
Ao analisar este cenário, é possível notar que muitos desses entraves têm origem na concepção e construção dos sistemas atuais. Os bons sistemas “típicos” são construídos sob rigorosas regras e modelos. Mas será que sistemas são “feitos para durar”? Quais regras de fato podem estar claras em um processo que sequer começou a ser implantado? Essa pergunta, mesmo feita no momento certo, pode gerar intepretações erradas e apocalípticas: “Assim o sistema não vai sair!”. Mas também podem provocar mudanças no modo de pensar dos analistas (operacionais, de negócios e de sistemas), e gerar uma nova forma de encarar o processo. Sistemas devem, sim, ser feitos para mudar.
Por consequência, ao analisar seus próximos projetos de mudança operacional, é necessário que os participantes de qualquer processo passível de melhoria nas organizações se questionem sobre o quanto seus sistemas estão preparados para mudar, tratando e discutindo o assunto com seus pares de TI e transformando a tecnologia em um agente de evolução e não um limitante para a melhoria de seus negócios.
Site: Canaltech
Data: 04/02/2015
Hora: 8h59
Seção: Mercado
Autor: Rafael Matos
Link: http://corporate.canaltech.com.br/coluna/mercado/Tecnologia-como-aliada-na-mudanca-de-processos-operacionais/