Aldo defende ações governamentais de fomento à inovação e cobra novamente recomposição do FNDCT

26/03/2015

A semana tem sido de agenda concorrida para o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo. Na segunda-feira (23), ele compareceu à posse de Luis Fernandes como presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep); nesta quarta (25), o titular do MCTI foi sabatinado pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados.

O encontro teve duração de pouco mais de duas horas e serviria para o ministro explicar os planos e projetos do MCTI para este ano. Porém, na maior parte do tempo, o que se viu foi uma série de afagos a Aldo Rebelo e também pedidos para ações mais diretas da pasta em regiões específicas. Quando detalhou ações, o titular da Ciência, Tecnologia e Inovação colocou este último item como fundamental para que o Brasil volte a crescer economicamente. Segundo ele, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e o programa Plataformas do Conhecimento são as principais bandeiras para desenvolver o País.

“As ações em curso têm tido resultados auspiciosos como a Embrapii e as Plataformas do Conhecimento. A Embrapii tem feito esse esforço de unir o setor público e o setor privado. A competitividade se dá em torno de um produto ou de um serviço que vai para o mercado, e esse esforço tem que ser a reunião da inteligência do sistema público de inovação com a capacidade privada, que é quem coloca o produto no mercado”, afirmou Aldo Rebelo.

Recomposição

Mais uma vez, o titular do MCTI falou sobre a questão do reposição orçamentária do ministério, que vem sofrendo sucessivas perdas de fontes de renda e sofre com o forte contingenciamento de despesas imposto pelo governo federal. Novamente, Aldo Rebelo destacou a importância de se conseguir criar novas receitas para a pasta, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

Principal fonte de financiamento do fundo, o CT-Petro – oriundo dos royalties da exploração do petróleo – foi migrado para o Fundo Social do Pré-Sal. O montante acumulado é destinado exclusivamente à saúde e à educação. Aldo Rebelo criticou a retirada de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) da divisão.

“Foi tudo para a saúde e a educação. Acho que foi um erro não colocar ciência, tecnologia e inovação na repartição do pré-sal, porque não é concebível você financiar educação desvinculada da ciência, da tecnologia e da inovação”, observou.

Ajuste fiscal

Fonte de críticas ferozes da oposição e de parte da base aliada descontente, o ajuste fiscal proposto pelo Palácio do Planalto entrou na pauta de discussão. O deputado Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) fez críticas à alteração da tabela de desoneração da folha de pagamento. Um dos setores mais afetados, segundo ele, seria o de tecnologia da informação (TI).

Aldo defendeu o reajuste do governo e apontou que todos devem dar sua parte para o País recuperar a estabilidade financeira. “Nem o setor de TI, nem setor algum, pode ficar fora do esforço para o ajuste necessário. Com o sucesso do ajuste, todos os setores, inclusive de TI, vão prosperar. Vamos trabalhar para que todos paguem o menor preço possível no esforço do ajuste”, destacou.

Site: Agência Gestão CT&I
Data: 25/03/2015
Hora: 17h54
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Autor: Vicente Melo
Link: http://www.agenciacti.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=7101:aldo-defende-acoes-governamentais-de-fomento-a-inovacao-e-cobra-novamente-recomposicao-do-fndct&catid=1:latest-news