Crimes eletrônicos cresceram em 2014 usando apenas nove tipos de ataque, diz estudo

14/04/2015

O número de ciberataques a grandes empresas, governos e outras organizações continua a crescer, e quase todos eles são variantes de apenas nove tipos de ataques, de acordo com uma pesquisa da Verizon, empresa de telecomunicações americana.

Segundo o relatório, a frequência dos ataques em 2014 mudou pouco em relação ao ano anterior. O estudo publicado catalogou quase 80 mil incidentes, incluindo 2 122 invasões de sistema em 61 países.

Quase todas as invasões foram resultado de um dos nove tipos de ataques que os hackers costumam usar. Nos casos no qual os sistemas de uma organização são atacados e informações confidenciais são reveladas, o método mais usado foi o ataque por meio de aplicações da internet, responsáveis por 458 invasões.

Na segunda colocação, estão os ataques feitos nos pontos de venda usados nas lojas, que responderam por 419 invasões. Ataques por organizações patrocinadas por governos, chamados pela Verizon de "ciberespionagem", responderam por 290 invasões.

No caso de invasões que envolvem aplicações online, softwares que rodam dentro de um navegador, os invasores usaram credenciais roubadas, como nomes de usuário e senhas, 95% das vezes, e simplesmente se logaram como se fossem um usuário verdadeiro.

As credenciais são geralmente roubadas como resultado de outra espécie de ataque popular: phishing, no qual um alvo é levado a abrir malware que parece como um documento legítimo.

O estudo descobriu que quando invasores lançam campanhas de phishing, mandando muitos e-mails na expectativa que alguém clique neles, 23% dos destinatários irão ler o e-mail e 11% irão abrir o anexo que causam o problema.

O estudo também descobriu que alguns departamentos de uma empresa são mais suscetíveis a serem vítimas de ataques phishing: comunicações, jurídico e atendimento ao consumidor, setores onde as mensagens enviadas costumam vir acompanhadas por anexos.

No total, 548 invasões foram classificadas como "ciberespionagem", quando elas são feitas por ou em nome de um governo nacional contra uma empresa ou outra organização, como uma universidade ou uma agência governamental em outro país. Porem, em dois terços dos casos, a autoria do crime nunca foi definitivamente provada.

A maior parte dos ataques desconhecidos foram feitos contra empresas no setor de manufatura, seguido por ataques em agências governamentais. Mais de 77% deles foram feitos por e-mail, usando um anexo com phishing ou um link em uma mensagem. Quase 86% das vezes, a informação roubada nos ataques foi classificada como "secreta", incluindo dados sobre negócios, documentos jurídicos e propriedade intelectual.

Setenta organizações, incluindo o serviço secreto dos Estados Unidos e empresas de segurança, contribuíram com informações para o relatório.

Fonte: Verizon

Site: Info Abril
Data: 14/04/2015
Hora: 10h38
Seção: Segurança
Autor: Gabriel Garcia
Link: http://info.abril.com.br/noticias/seguranca/2015/04/crimes-eletronicos-cresceram-em-2014-usando-apenas-nove-tipos-de-ataque-diz-estudo.shtml