As rotinas diárias modernas envolvem alta interação digital. O ser humano (pelo menos uma boa parte) tornou-se depende das tecnologias, permanecendo conectado durante um longo período de seu dia. Isso cria demandas para empresas que querem endereçar produtos a esse novo perfil de consumidores.
Além disso, por volta de 2020 mais de 7 bilhões de pessoas em no mínimo 30 bilhões de dispositivos terão criado 44 zettabytes de dados (ou 44 trilhões de gigabytes), segundo a Gartner e a IDC, respectivamente. Isso está levando rapidamente a um mundo em que quase todo elemento da vida estará ligado a dados. Embora as empresas saibam que podem lucrar com esses dados, 49% delas admitem não saber como.
O estudo The Information Generation: Transforming The Future, encomendado pela EMC, coletou informações junto a 3,6 mil líderes empresariais para medir o impacto de uma crescente comunidade global de cidadãos digitais. A pesquisa tenta medir expectativas e identificar atributos fundamentais para uma organização competir com êxito e prosperar neste novo cenário.
Segundo o levantamento, quase todos os líderes empresariais pesquisados (96%) acredita que as novas tecnologias mudaram definitivamente as regras dos negócios. Além disso, 93% relatam que os recentes avanços tecnológicos estão redefinindo as expectativas do cliente, e quase todos dizem que isso se acelerará na próxima década.
As expectativas do consumidor mais mencionadas são: acesso mais rápido aos serviços, acesso e conectividade 24 horas por dia, 7 dias por semana, “seja onde for”, acesso a mais dispositivos e uma experiência personalizada mais exclusiva.
Devido às novas demandas orientadas pela geração da informação, as empresas concordam em que uma transformação é essencial. Os executivos identificaram cinco atributos cruciais para uma empresa não ser surpreendida pelo cenário que se desenha: reconhecer bem cedo novas oportunidades no mercado; demonstrar transparência e confiabilidade; inovar com agilidade; oferecer experiências personalizadas e exclusivas; e funcionar em tempo real.
De acordo com a pesquisa, embora os líderes empresariais concordem em que esses pontos têm alta prioridade, eles admitem que muito poucos lidam com esses atributos muito bem e em toda a empresa. “Apenas 12% conseguem perceber novas oportunidades, 9% inovam com agilidade, 14% demonstram transparência e confiabilidade e 11% oferecem experiência personalizada ou funcionam em tempo real (12%) – e o fazem bem e em toda a empresa”, estampa o relatório.
Para que servem os dados?
Apesar do tsunami de dados que já inunda (e seguirá inundando) o mundo até o final da década, ainda pouco se sabe como lidar com esse contexto. O estudo mostra que 70% dos executivos ouvidos acredita que pode obter informação com os registros coletados, mas apenas 30% são capazes de lidar com isso em tempo real.
Além disso, 52% dos entrevistados admitem que não usam os dados com eficiência ou estão soterrados pela avalanche de informações e 24% se consideram “muito bons” em transformar os dados em informações e ideias úteis.
O Institute For The Future prevê mudanças profundas na forma como a tecnologia transformará o mundo dentro de dez anos. “Há claros sinais de um movimento na direção de um mundo no qual praticamente todo elemento da vida estará ligado a dados”, projeta.
Na visão da entidade, as pessoas e as corporações venderão, doarão e negociarão informações em negociações abertas. “Objetos inanimados ganharão vida à nossa volta, tornando-se mais alertas, responsivos e conectados. A tomada de decisões será aperfeiçoada pela inteligência artificial de um modo nunca visto. As informações serão comunicadas e absorvidas por vários sentidos humanos”, indica, apontando o valor se deslocará dos produtos e serviços para as informações que eles geram.
Site: CIO
Data: 20/04/2015
Hora: 8h41
Seção: Gestão
Autor: ------
Link: http://cio.com.br/gestao/2015/04/20/ceos-ainda-nao-sabem-como-lucrar-com-dados/