Recomendações para uma estratégia de nuvem híbrida

20/04/2015

O mundo está mudando como nunca, graças ao acesso que as pessoas têm à informação, e agora também ao acesso a informações que as próprias máquinas e aparelhos compartilham entre si. Ainda que eu trabalhe e consuma tecnologia 24 horas por dia, os 7 dias da semana, ainda acho impressionante como nossas vidas foram transformadas na última década.

Além dos benefícios, a sociedade tem alguns novos desafios, e nós da TI, responsáveis por esta revolução, não ficamos de fora: como controlar, armazenar, processar, utilizar e consultar tanta informação? E, como, do ponto de vista corporativo, manter segura essa enxurrada de dados que vão e vêm nos diferentes dispositivos móveis de nossos funcionários/colaboradores?!

Muitas soluções têm surgido, mas é preciso atenção, especialmente no que tange à grande oferta de soluções de cloud existentes, que supostamente são viabilizadoras chave da agilidade nos negócios. Principalmente, com relação às ofertas de soluções públicas, gratuitas. Não posso as transformar em vilãs mas, de uma certa maneira, foram uma das responsáveis por trazer mais complexidade e responsabilidades para as áreas de TI corporativas, direta ou indiretamente responsáveis pela proteção e governança de conteúdos nas empresas.

Entretanto, nem todos os negócios podem investir em soluções de nuvens privadas. E nem sempre essas soluções resolvem todas as demandas internas das empresas. Assim, a chamada nuvem híbrida é, possivelmente, a alternativa mais adequada para as grandes empresas, de acordo com muitos analistas, já que as beneficia com a tríade disponibilidade de conteúdo, segurança e mobilidade. Para se ter uma ideia, analistas preveem que as nuvens híbridas representarão aproximadamente 30% dos fluxos de trabalho (workloads) nos próximos quatro anos. E com tudo se transformando tão rapidamente, pode ser que este número aumente rapidinho.

Em minha rotina, percebo que muitas empresas ainda têm dúvidas sobre a solução em nuvem híbrida a ser adotada. Assim, a título de cooperação, gostaria de mencionar itens que nós, na HDS, consideramos fundamentais no processo de escolha e adaptação deste tipo de solução.

Integração e adaptabilidade – como muitas aplicações não falam a mesma linguagem utilizada na nuvem, algumas soluções são difíceis de serem adaptadas diretamente, fazendo com que a transferência de dados para as principais nuvens públicas (como Google, Amazon ou Microsoft) simplesmente não aconteça de forma inteligente e automática. Por isso, plataformas que possibilitem hierarquização adaptativa de nuvem são fundamentais. Esta, na verdade, é uma capacidade chave, por permitir uma abordagem balanceada entre segurança e custo para a nuvem híbrida.

Sincronização e segurança – é preciso estabelecer claramente o que pode ser disponibilizado na nuvem pública e o que deve ser mantido internamente. Este é um controle essencial da estratégia das organizações. Recursos tecnológicos, como sincronização de dados entre múltiplos sites ativos, conferem produtividade, acesso mais rápido e outros benefícios. Porém, são os parâmetros daquilo que é permitido que farão a diferença. Acompanhar o acesso a documentos por colaboradores é essencial, e ter uma solução que avise quando um documento foi movido para fora do sistema controlado pode ser um dos grandes diferenciais de uma solução. A disponibilidade de dados deve auxiliar os colaboradores nas tomadas de decisões do dia a dia e não criar silos e impasses de governança.

Espero que tenha sido útil. Deixe seu comentário aqui ou me procure no LindkedIn para que possamos seguirmos com esta análise.

*Marcelo Sales é CTO da Hitachi Data Systems para a América Latina.

Site: Computerworld
Data: 20/04/2015
Hora: 8h20
Seção: Tecnologia
Autor: Marcelo Sales
Link: http://computerworld.com.br/recomendacoes-para-uma-estrategia-de-nuvem-hibrida