O peso que as tecnologias de informação e comunicação (TICs) tem no mercado já é reconhecido mundialmente. É esperado em 2016 que o setor seja responsável por 5,3% do Produto Interno Bruto (PIB) dos países considerados de primeiro mundo. No Brasil, essa fatia do mercado representa cerca de 2,4% do PIB nacional, segundo informações do governo federal, o que mostra o potencial de expansão que os TICs podem oferecer ao País.
Na avaliação dos representantes do Poder Executivo, reunidos em Brasília (DF) nesta quinta-feira (23), durante o seminário Brasil 100% Digital, é necessário trabalhar mais estratégias para desenvolver o potencial das TICs no País. Em outras palavras, ampliar os investimentos de infraestrutura em telecomunicações e expandir o acesso a internet e as tecnologias digitais, que incluem desde a infraestrutura de rede, hardwares, softwares, ao comércio eletrônico e conteúdos online.
"Não é possível falar em desenvolvimento econômico sem tratar dos investimentos em infraestrutura de telecomunicações, ou sem pensar no estímulo a inovação e ao desenvolvimento tecnológico da internet. Não é mais possível falar em inclusão social sem uma agenda de estratégia de inclusão digital ou sem dar atenção especial as possibilidades que as novas tecnologias oferecem aos serviços oferecidos pelo Estado", afirmou o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.
Segundo o ministro, desde 2014 a agenda governamental tem avançado no âmbito das TICs, com foco nas ações de TI e acesso a informação. "O papel do governo não se restringe apenas em ser um regulador. O governo é o maior comprador de TI no Brasil, é também indutor da soberania tecnológica digital e capaz de alavancar a inovação", apontou.
Competitividade
Para o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, um dos maiores desafios é saber como as tecnologias de informação poderão ser utilizadas para incentivar e ampliar a competitividade nacional. "Sem competitividade, não conseguimos fazer frente aos desafios e a competição com as economias dos nossos concorrentes", comentou.
Segundo Aldo, não se pode medir tecnologia da informação e da comunicação no PIB apenas pelo valor intrínseco que representam na economia, mas pelo que conseguem agregar em eficiência. "A preocupação é traduzir os TICs em projetos que ampliem essa parte da nossa economia. E muito mais que isso, que esses serviços, em toda a atividade econômica, contribuam para ampliar o dinamismo da economia do País".
De acordo com o ministro, a estratégia é direcionar os esforços para três objetivos principais: universalizar os serviços digitais; dinamizar a economia; e a proteção do interesse público e do Estado com investimentos na defesa cibernética. "Creio que essas são as três metas gerais para as políticas públicas nessa área", pontuou.
As palestras feitas pelos ministros fazem parte do conteúdo oferecido pelo Seminário Brasil 100% Digital, que trata sobre governo digital e as estratégias para desenvolvimento tecnológico e inovação.
Site: Agência Gestão CT&I
Data: 23/04/2015
Hora: 14h14
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Autor: Leandro Cipriano
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