O Rio de Janeiro está retomando as negociações para agilizar parcerias público-privadas (PPPs) para viabilizar a rede própria de fibra óptica, considerada estratégica para viabilizar a iniciativa Rio Digital. O presidente do Proderj, Antonio Bastos, revela que 23 consórcios entregaram propostas para serem parceiros do governo do Rio para levar fibra óptica aos 92 municípios do Estado. Na cidade do Rio de Janeiro, as obras para Olimpíadas são fiscalizadas para terem passagem obrigatória para fibras ópticas.
Antonio Bastos, que participou da 15ª Rio Wireless, evento que aconteceu na última quarta-feira, 06/05, no Rio de Janeiro, admitiu que a ideia de fechar parcerias no modelo PPPs não é novo, mas, conta que o projeto Rio Digital saiu da Casa Civil do Governo do Rio e está, agora, sob a gestão da Secretaria de Ciência e Tecnologia. Essa mudança, pontuou, permite priorizar a construção da infraetrutura óptica.
“Já temos uma rede, mas precisamos chegar nos 92 municípios. E muitos deles não têm recursos para bancar um investimento desse porte. Sem fibra, sem conectividade, não há serviços usando a tecnologia. Não temos nem como pensar em Internet das Coisas”, destaca Bastos.
Indagado sobre as dificuldades de ajustar uma PPP, o executivo da Proderj disse que há de comungar interesses, em especial com as teles. “Há de se discutir custo, modelo de negócios, mas a PPP sai esse ano. Queremos o Rio pioneiro em ter sua rede própria interligada, mesmo com o uso dos ativos de terceiros”, completou.
Victor Zajdhaft, presidente do Iplan Rio, órgão ligado a prefeitura da cidade, informou que, hoje, a cidade do Rio de Janeiro possui uma rede própria com 480 Km de fibra óptica, para atender cerca de 2700 pontos da prefeitura, sendo 1500 escolas, boa parte em áreas não atendidas pelas operadoras tradicionais.
E esse, diz o executivo, segue sendo um problema grave. “Em muitos casos não temos como levar conectividade em comunidades porque a operadora não tem interesse de atuar. Queremos ampliar nossa rede e até aumentar nossa parceira com o governo do Estado.
Com relação à passagem de fibras ópticas, Zajdhaft, informou que a maior parte das obras que está sendo tocada na cidade – em função das Olimpíadas 2016 – está sendo fiscalizada e obrigada a abrir dutos para fibras ópticas. “Sabemos que é melhor ter fibra instalada. Não dá para fazer a obra e não pensar na conectividade”, salienta.
Mas admite que nem todas as obras estão atentas à essa demanda. “Muitas delas não programam a conectividade e, infelizmente, nem todas conseguimos fiscalizar. Mas estamos com uma equipe dedicada a garantir que tenhamos mais fibras disponíveis a partir dessas obras”, complementou. A 15ª Rio Wireless debateu o impacto da Internet das Coisas nas cidades conectadas.
Site: Convergência Digital
Data: 06/05/2015
Hora: ——
Seção: Telecom
Autor: Ana Paula Lobo
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=39520&sid=8