Não vai demorar muito para que chefs renomados usem fogões e outros equipamentos de cozinhas embarcados com sensores, softwares e scanners. Essas tecnologias irão controlar estoques e prover informações em tempo real para otimizar o trabalho em um restaurante. Câmeras estarão dentro dos fornos, refrigeradores e até de panelas indicando a temperatura ideal para o preparo de uma refeição magnífica.
Essa “cozinha conectada”, imaginada e definida pelo Gartner, irá contribuir para uma economia de aproximadamente 15% nos gastos da indústria de alimentos e bebidas ao redor do mundo dentro de um intervalo de cinco anos.
Construir esses ambientes, e muitos outros imagináveis dentro do conceito de internet das coisas (IoT), ainda é uma promessa que precisa ser pensada e executada. A certeza é que demandará um grande trabalho de desenvolvimento. O fato interessante é que há sinais de que esse desenvolvimento começa a aparecer.
A Evans Data Corp., empresa de pesquisa que mapeia a indústria de desenvolvimento de software, estima um universo de 19 milhões de desenvolvedores, dos quais 19% estariam trabalhando em projetos relacionados à IoT. O percentual subiu dois pontos percentuais em comparação com o cenário avaliado há um ano.
Quando questionados se pretendem criar soluções orientadas a internet das coisas nos próximos 12 meses, 44% dos profissionais que trabalham com programação afirmam que seguirão esse caminho.
Esse alto percentual que sinaliza intenções de abraçar IoT “mostra a animação existente sobre o tema”, avalia Michael Rasalan, diretor de pesquisa da Evans, prevendo um mercado em ascensão se desenhando no horizonte.
O estudo da consultoria inclui pessoas envolvidas em diferentes partes do ciclo de desenvolvimento de sistemas, que considera desde o design e engenharia – logo, não se limita apenas ao mundo dos apps.
As estatísticas da Evans consideram gerentes de desenvolvimento, desenvolvedores de Firmware, profissionais atuando em plataformas de backend e análise de dados, bem como em softwares que fazem interface com dispositivos móveis.
Padrões e protocolos de internet das coisas permanecem um campo obscuro. De fato, esse ponto ainda carece avançar consideravelmente. Quando isso ocorrer, possivelmente vendors e outros players da indústria terão uma visão mais clara dos caminhos para os quais direcionarão suas estratégias.
Alfonso Velosa, diretor de pesquisa do Gartner, projeta que não existirá uma plataforma dominante de IoT pelo menos até 2018. Seu conselho para interessados em explorar o conceito é criar ferramentas capazes de “conversar” com qualquer tipo de sistema que possa surgir – e isso inclui APIs bem documentados, adverte.
Site: Computerworld
Data: 18/05/2015
Hora: 17h24
Seção: Tecnologias Emergentes
Autor: Patrick Thibodeau
Link: http://computerworld.com.br/um-em-cada-cinco-desenvolvedores-ja-trabalham-em-projetos-de-iot