Mais notíciasO vice-presidente da República, Michel Temer, se reuniu nesta segunda-feira (25) no Palácio do Planalto com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Aloizio Mercadante (Casa Civil) para discutir o projeto que trata da desoneração da folha de pagamento das empresas.
Parte do pacote de medidas que compõem o ajuste fiscal proposto pelo governo para reduzir gastos e reequilibrar as contas públicas, o projeto da desoneração deverá ser votado ainda nesta semana na Câmara. Por tramitar em regime de urgência, o texto passou a trancar a pauta de votações em 5 de maio – desde então, a Casa só pode votar propostas de emenda à constituição (PECs) e e medidas provisórias (MPs).
Responsável pela interlocução do governo com o Congresso Nacional, Temer tem se reunido semanalmente com ministros e líderes partidários para discutir as votações previstas na Câmara e no Senado. Geralmente, ele e os líderes articulam como a base votará projetos que são de interesse do Executivo.
O projeto que altera as alíquotas da desoneração da folha de pagamento das empresas foi enviado inicialmente pelo governo como medida provisória. Porém, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o devolveu ao Planalto, que precisou reenviar a proposta como projeto de lei.
Desde que o governo propôs alterações à desoneração, Levy e Mercadante fizeram críticas ao modelo até então utilizado pelo governo. O ministro da Fazenda, por exemplo, chegou a dizer que a “brincadeira” das desonerações saiu "cara” e o chefe da Casa Civil, que o governo foi “longe demais”.
Coordenação política
Pela manhã, Temer, Levy e Mercadante participaram da reunião da coordenação política do governo com a presidente Dilma Rousseff. O grupo se reúne às segundas-feiras pela manhã e analisa o cenário político, além de definir estratégias para as próximas semanas.
Após o encontro desta segunda, Aloizio Mercadante afirmou que o governo “intensificará esforços” para garantir que as medidas de ajuste fiscal sejam aprovadas no Congresso Nacional. Duas medidas provisórias que alteram o acesso da população a benefícios trabalhistas têm até o dia 1º de junho para serem votadas e, caso isso não ocorra, elas perderão a validade.
Ao lado de Mercadante, Levy declarou que as "delongas" em torno do ajuste fiscal não favorecem a retomada do crescimento da economia brasileira. De acordo com o comandante da economia, as empresas do país entendem a necessidade de ajuste fiscal para a retomada da confiança e de um ritmo sustentado de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
Site: G1
Data: 25/05/2015
Hora: 17h24
Seção: Tecnologia
Autor: Filipe Matoso
Link: http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/05/temer-reune-cunha-e-levy-para-discutir-votacao-da-desoneracao.html
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