Para ministro, condições para a inovação são fundamentais para Brasil recuperar a economia

O desafio do Brasil para os próximos meses é claro: sair do momento de dificuldade econômica. A questão é repetida dia após dia, por qualquer que seja o interlocutor ligado ao governo federal. Entre as muitas medidas propostas, uma parece ser quase unânime: é necessário recuperar a atividade produtiva para impulsionar a economia.

Porém, não há uma fórmula única para isso. Entre os muitos meios propostos, a inovação dentro do setor produtivo é um das práticas que surgem com mais força. Para tanto, é preciso criar condições positivas para propiciar esse desenvolvimento.

Convidado pelas Comissões de Assuntos Econômicos (CAE); e de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado Federal para debater a agenda do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o ministro Armando Monteiro, apontou a necessidade de se criar ambientes propícios para a inovação. Segundo ele, é preciso construir uma base educacional forte, aliada ao entendimento entre a academia e a indústria para desenvolver as condições para a inovação.

“Precisamos criar um ambiente favorável à inovação e precisamos ter uma visão que não é apenas a visão acadêmica que, em grande medida, prevaleceu: de que a inovação só nasce na pesquisa básica. Um marco interessante da Lei de Inovação é reconhecimento de que o ambiente da inovação é também o da empresa. É quando o conhecimento se transforma em solução tecnológica, em algo que represente um benefício para as pessoas”, explicou Armando Monteiro.

O investimento, por outro lado, não deve ser pulverizado em todas as frentes possíveis. Para o senador Walter Pinheiro (PT-BA), os recursos devem ser destinados para setores industriais já avançados. Desta maneira, ele acredita que o Brasil terá condições de competir no mercado internacional de inovação, por conta da expertise já construída ao longo dos anos.

“Temos que eleger o que pode entrar nessa escala, como podemos ofertar, a quantidade de gente e de condições que existem no Brasil para desenvolver o setor”, afirmou Pinheiro. “Inovação não se faz da noite para o dia. A inovação é um processo”, reforçou.

“Como disso o companheiro Walter, essa questão da inovação tem que estar muito focada e bem direcionada para você colocar recursos em áreas que respondam, e não uma coisa generosa e, às vezes, um pouco desfocada da visão de resultados e compromissos”, reforçou o ministro Monteiro.

Energia fotovoltaica

Outro tema abordados pelo ministro foi sobre os incentivos previstos para alavancar a geração de energia elétrica por fontes alternativas. Questionado pelo senador Hélio José (PSD-DF) sobre o apoio à energia fotovoltaica, Armando Monteiro reforçou o apoio do governo federal a esta fonte de energia e lembrou que são conferidos incentivos fiscais para a importação de componentes e equipamentos fotovoltaicos, além da desoneração de equipamentos voltados para a geração de energia solar e dos elementos fotovoltaicos.

Ele destacou ainda a fábrica que será construída em Campinas (SP) para desenvolver equipamentos para este ramo. A planta é parte dos acordos firmados recentemente com a China. “Creio que roda essa agenda é extraordinariamente importante para estimular investimentos nessa fonte de energia”, ressaltou.

Site: Agência Gestão CT&I
Data: 16/06/2015
Hora: 18h50
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Autor: Vicente Melo
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