O desafio de levar a banda larga para todo o Brasil é imenso. A dimensão continental do País e as barreiras naturais impostas em regiões isoladas, como a Amazônia, representam dificuldades extra à empreitada. Mesmo com a crescente expansão da rede de fibras ópticas, ainda é necessário um incremento para que o acesso à rede mundial de computadores possa se consolidar em toda a Nação.
Para tanto, a aposta do governo é no Satélite Geoestacionário de Defesa e de Comunicações Estratégicas (SDGC-1). Com ele, será possível transmitir banda larga para todo o País a uma velocidade de 60 Gigabytes por segundo (Gbps), mesmo que com um custo superior ao da fornecida pela fibra óptica.
A expectativa é que o equipamento seja lançado no segundo trimestre do ano que vem, com projeção de entrada em funcionamento e início do fornecimento de banda larga e de comunicações estratégicas de defesa no primeiro trimestre de 2017. O prazo de funcionamento do SGDC-1 é de 15 anos.
O investimento para a conclusão do projeto é alto, avaliado em R$ 2,2 bilhões. Em um momento de grave crise econômica, o projeto poderia estar com riscos de sofrer cortes por conta do ajuste das contas do governo. No entanto, o presidente da Telebras, Jorge Bittar, garantiu que os investimentos voltados para a infraestrutura de banda larga no Brasil não perderão verbas. Além do satélite geoestacionário, estão inclusos a construção de vias de cabos submarinos para a Europa e para os Estados Unidos, além do programa Banda Larga para Todos.
“Os recursos para investimento no satélite estão absolutamente mantidos. Os investimentos para aumentar a capilaridade das nossas redes de fibras ópticas, tais como previstos, estão também assegurados, assim como os recursos para os cabos submarinos. Sinceramente, apesar de vivermos um período de grandes restrições fiscais no País, registro que a banda larga é prioridade de governo e não sofreu nenhum tipo de corte”, garantiu o dirigente em audiência pública na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado Federal, nesta terça-feira (7).
Ciência sem Fronteiras
A CCT instaurou nesta terça-feira um grupo de trabalho voltado a debater o programa Ciência sem Fronteiras (CsF), que terá a relatoria do senador Omar Aziz (PSD-AM). Entre as ações do GT, estão previstas audiências públicas e consultas aos ministérios e órgãos envolvidos, além de estudos de execução orçamentária da empreitada. As informações coletadas serão reunidas em um relatório a ser apresentado ao fim deste ano.
Site: Agência Gestão CT&I
Data: 07/07/2015
Hora: 15h23
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Autor: Vicente Melo
Link: http://www.agenciacti.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=7616:presidente-da-telebras-garante-lancamento-do-sgdc-para-2016&catid=3:newsflash