Abrir criptografia aos governos é colocar futuro da Internet em jogo

09/07/2015

Os comentários feitos em um post pelo diretor do FBI, James Comey, nesta terça-feira, 07/07, afirmando que era a hora de o país fazre um "debate robusto" sobre o uso de recursos de criptografia em mensagens por empresas de tecnologia, uma vez que, na opinião do executivo do órgão de segurança americano, esse recurso possibilita, por exemplo,que o Estado Islâmico e outros grupos terroristas recrutem militantes e arquitetem atentados sem que possam ser rastreados, foram imediatamente retrucados por especialistas defensores da neutralidade.

A reação mais forte veio de um grupo formado por 13 importantes desenvolvedores e especialistas na quebra de códigos de criptografia, cientistas da computação e especialistas em segurança. Eles divulgaram um relatório onde sustentam: É inviável que governos dos Estados Unidos e Inglaterra venham a solicitar um acesso especial a comunicações criptografadas sem que isso coloque em risco dados sigilosos e infraestruturas críticas, como de bancos e redes de energia. 

Os especialistas, entre eles Whitfield Diffie, pioneiro na criação de chave pública de criptografia, e Ronald L. Rivest, o "R" da desenvolvedora de algoritmos de criptografia RSA, advertem que para dar aos governos chaves de criptografia para a leitura de tais comunicações, teria que acontecer um grau de confiança, hoje, inexistente. 

"O futuro da internet global está sendo desenhado e queremos garantir que os políticos tenham uma análise tecnologia aprofundada", disse Daniel J. Weitzner, chefe de pesquisa de políticas de internet e iniciativas de ciberssegurança do Massachusetts Institute of Technology, MIT, e ex-vice-chefe de tecnologia na Casa Branca, e um dos especialistas que assinou o relatório contrário a James Comey, do FBI.

Site: Convergência Digital
Data: 08/07/2015
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Seção: Segurança
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Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=40053&sid=18