Quatro formas de reduzir custos de desenvolvimento e manutenção de sistemas

27/07/2015

Uma postura efetiva na gestão e um modelo de terceiração de serviços com preços fixos para desenvolvimento e manutenção de aplicações podem representar uma economia considerável às empresas. Um contrato bem planejado tem a capacidade de trazer reduções de custos entre 25% e 45% somente no primeiro ano, apontou Steven Kirz, diretor da consultoria Pace Harmon.

O executivo também indica uma economia possível entre 50% e 75% após cinco anos, afirmando que, se as companhias migrassem de uma abordagem que paga pelo tempo de projeto para uma que remunera o desenvolvimento com um preço pré-fixado, seria possível cortar os gastos pela metade.

Apesar disso, muitas das grandes companhias continuam trabalhando com seus provedores e fábricas de software com um sistema homem-hora. “A maioria dos processos de desenvolvimento não tem uma taxa fixa porque os clientes não passam tempo ou dedicam esforço suficiente para a descoberta do que querem de fato construir”, defendeu Kirz. Para ele, até o aumento de pessoal no departamento de TI pode ser recomendado aos CIOs que buscam processos de desenvolvimento ágil.

No que diz respeito à manutenção de aplicativos, algumas empresas podem estar acostumadas ao status quo ou à falta de informações para estimar com exatidão o esforço necessário para a manutenção de seus sistemas. Da mesma forma, uma abordagem de serviços gerenciados pode não ser uma boa escolha para ambientes ainda instáveis.

Embora a postura de expansão de mão de obra custe dinheiro, existem oportunidades para o controle dos gastos nesses modelos a empresas que ainda o usam. Os líderes de TI podem reduzir seus gastos  ao gerenciar de forma proativa quatro fatores que aumentam indevidamente esses custos.

1. Cargos

Na hora de adotar um modelo de aumento de pessoal, padronizar os cargos é essencial. “Nós vemos diversas empresas e até mesmo diferentes setores de uma mesma organização se referindo aos mesmos cargos com nomes diferentes”, contou Kirz, explicando que a padronização dos títulos permite que as companhias estabeleçam bases e comparações para esses cargos, bem como garante que os salários pagos sejam os mesmos.

Para estabelecer as remunerações exatas de mercado para esses serviços, os clientes de outsourcing devem primeiro garantir que a organização de TI concorde não só com a nomenclatura dos postos de desenvolvimento e manutenção de aplicações, mas com as responsabilidades, habilidades, qualificações e certificações correspondentes e exigidas.

2. Experiência

Os profissionais de TI mais experientes naturalmente exigem pagamento elevado. Kirz aconselha os clientes de outsourcing a estabelecerem 3 ou 4 níveis de experiência para todos os cargos, de modo a evitar pagar demais por recursos com qualificações desnecessárias. “Já que os papéis costumam exigir um conjunto separado de responsabilidades, habilidades e qualificações para cada nível de experiência, as organizações podem esperar aproximadamente 100 diferentes combinações na descrição dos cargos”, ressaltou.

3. Expertise tecnológica

Todas as posições exigem habilidades, conhecimentos e treinamentos específicos. Quando os requisitos tecnológicos estão disponíveis em massa no mercado, os níveis básicos de pagamento se aplicam, enquanto especialistas exigem remuneração mais exclusiva. “Para que a empresa pague o preço certo por um cargo específico com um nível de experiência, ela precisa se certificar de que os salários também cubram as habilidades derivadas necessárias, como em Java, SAP ou mainframe”, pontuou Kirz.

4. Localização

Assim como no setor imobiliário, as taxas homem-hora em TI variam com a localização. A diferença mais dramática no valor pago por um recurso é baseada na geografia, que muitas empresas ainda definem de forma genérica como onshore ou offshore. “Os provedores de serviço possuem centros de entrega ao redor do mundo e recursos associados a uma conta costumam ser dispersos”, explicou Kirz.

Segundo ele, as empresas deveriam examinar as taxas dos serviços de entrega para todas as localizações. Ele defende que as companhias considerem a posição de seus funcionários e a classificação entre tier-one, -two ou –three. De acordo com Kirz, as taxas por hora podem variar entre 15% e 20% dentro de um mesmo país.

“Alguns dos maiores provedores de serviços também estão desenvolvendo grandes centros de entrega na zona rural dos Estados Unidos. Assim como os tier-two da Índia, usar esses centros americanos pode significar pagar um bônus a esses consumidores usando taxas genéricas onshore/offshore”, ponderou.

Site: Computerworld
Data: 24/07/2015
Hora: 17h29
Seção: Gestão
Autor: ------
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