Software de prateleira será a próxima compra conjunta do governo

05/08/2015

O governo bateu o martelo e está preparando o primeiro edital para comprar software de prateleira no modelo de ata de registro de preço. A intenção é ter ainda este ano, ou no máximo no início do ano que vem, um editar para aquisição de sistemas como banco de dados, firewall e demais componentes da área de segurança, ou até mesmo sistemas operacionais, através de processos de compras conjuntas, para aproveitar o ganho de escala na aquisição dessas soluções.

Segundo o secretário da SLTI, Cristiano Heckert, ainda este ano primeiro o governo deverá lançar editais para aquisições de plataformas de videoconferência e para outsourcing de impressão. Em seguida é que virá as compras conjuntas de software de prateleira e também a retomada das aquisições de PCs e notebooks, travadas há mais de três anos por decisão judicial provocada por um dos fornecedores de participou de um certame.

Heckert não forneceu maiores detalhes sobre as aquisições de software, mas lembrou que a secretaria ganhou expertise no assunto, após estudar as novas decisões que irá tomar na questão da auditagem de sistemas embarcados em ativos de rede que envolvem segurança para o governo na guarda de informações sensíveis. “É um processo e estamos caminhando de forma segura, para alcançarmos um modelo de compras para esses sistemas, que possa atender às necessidades de segurança dos organismos federais” destacou.

Computadores

A Secretaria Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) também deverá retormar, se possível ainda este ano, o processo de compra de PCs e notebooks, que terminou contestado judicialmente por um fornecedor há mais de três anos. Até hoje o governo briga na Justiça para a retomada da compra de computadores e,agora, solicitou a ajuda da AGU (Advocacia-Geral da União) para fazer a defesa do processo judicial.

“O que a gente está avaliando e conversando até diretamente com os órgãos participantes da licitação é se a demora já não teria causado a obsolescência das especificações técnicas daqueles equipamentos”, disse Cristiano. Segundo o secretário, conforme o tempo passa ganha o argumento da realização de uma nova licitação.

Mas a preocupação de solicitar o apoio da AGU vai muito além da questão de destravar o contencioso judicial com um fornecedor. “Queremos garantir que uma eventual nova compra não caia no mesmo problema que levou ao questionamento judiccial da primeira compra copnjunta”, explicou o secretário da SLTI.

Para ele, o importante é que a AGU impeça que uma eventual nova licitação acabe novamente no judiciário sob os mesmos argumentos da primeira que foi travada. “Um impasse novamente pela mesma razão só serve aos interesses de quem não quer ver o governo realizando as compras conjuntas que trouxeram ganhos enormes aos cofres públicos”, afimou.

O modelo de compra compartilhada com outros órgãos já foi usado em pregões que resultaram em economia. O processo foi feito, por exemplo, na aquisição de pacotes de telefonia e, mais recentemente, na compra de 2.889 switches de borda, em pregão vencido pela Seal Telecom/Huawei e que saiu por R$ 19,65 milhões, uma economia de 50,02% em relação ao preço inicial estimado – R$ 39,3 milhões.

Site: Convergência Digital
Data: 04/08/2015
Hora: ——
Seção: Governo
Autor: Luiz Queiroz e Ana Paula Lobo
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=40271&sid=10