O crescimento do mercado brasileiro de big data só confirma que esta é uma das tecnologias mais promissoras desta década. Segundo estudo divulgado pela consultoria Frost & Sullivan, até o final de 2015 mais de 34% das empresas brasileiras terão iniciado investimentos em big data e analytics. “O big data no Brasil está bastante disseminado. Temos desenvolvido conhecimento e grandes projetos em big data. Na EMC é uma das áreas de pesquisa que mais cresce e já estamos avaliando a ampliação para outras áreas, além de P&G e o setor público, nosso foco de atuação hoje”, afirma Karin Breitman, diretora do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Big Data no Brasil da EMC.
No entanto, segundo Karin, que participa de painel sobre o uso de big data no setor público, parte da programação do painel Governo Eletrônico, realizado pelo Proderj, durante o Rio Info 2015, um dos grandes desafios, é lidar com a evolução do big data. “Hoje todos falam sobre este nova tecnologia, mas ainda não se sabe ao certo o valor de negócio que ela pode gerar, embora já tenha sido bastante usada em algumas áreas. A tecnologia ainda está em fase inicial. Estamos subindo na curva de desenvolvimento e nos próximos dois anos a tecnologia ainda deve se desenvolver mais e alcançar certo amadurecimento e estabilidade. Até lá, não temos como prever novas ferramentas de apoio”, afirma.
No setor público, o uso de big data pode trazer grandes benefícios para a administração e toda a sociedade como, por exemplo, maior eficiência na gestão, aumento na arrecadação de receita, aplicação adequada de recursos públicos e melhoria dos serviços. As cidades estão cada vez mais conectadas e geram uma enorme quantidade de dados. O grande desafio é transformar esses dados em informações de valor que possam integrar pessoas, economia, meio ambiente, governo e mobilidade.
O Rio de Janeiro, apontado a cidade mais inteligentes do país, tem se tornado referência internacional de inovação e tecnologia integrada à gestão urbana. Uma das iniciativas da Prefeitura do Rio, em cooperação com a EMC, é criação de plataformas abertas para uso de soluções big data. “A plataforma aberta permitirá que outros agentes possam integrar novos aplicativos e funcionalidades que permitam mais agilidade, segurança e transparência dos dados dos serviços prestados pela Prefeitura”.
Segundo Karin, ainda que em fase adaptação, o conceito de big data tem exercido funções importantes para o ambiente da internet e a sociedade. “À medida que é capaz de traduzir o perfil e o desejo do usuário, o big data tem como um de seus principais papeis a humanização da tecnologia. O big data permite ainda entender como o universo tecnológico evolui diante das constantes transformações; cria ‘valor’ a novos produtos e funcionalidades; além de produzir conhecimento para diversas áreas de pesquisa que hoje utilizam a tecnologia para análise de diferentes tipos de dados, gerando ganho para a sociedade como um todo”.
Fonte: Rio Info