De acordo com um relatório publicado pela empresa de segurança digital Cyphort, a incidência de propagandas digitais infectadas por arquivos maliciosos triplicou entre junho de 2014 e fevereiro de 2015.
Os arquivos nocivos contemplados pelo estudo são chamados de "malvertising" (mistura de "malware" com "advertising " [propaganda]). Eles ocorrem quando pequenos programas maliciosos são alimentados a grandes redes de distribuição de publicidade digital, tais como a Doubleclick, do Google.
Quando esses programas maliciosos infectam as redes, usuários que visualizam as propagandas infectadas acabam baixando-os para seus computadores. Os ataques desse tipo comumente infectam computadores explorando falhas do Adobe Flash e ocorrem assim que a publicidade é carregada.
Para media a incidência de "malvertising", a Cyphort acessou os 100 mil domínios mais acessados segundo a Alexa e contando quantos deles apresentavam propagandas infectadas durante a visita. Como cada usuário que acesse os domínios verá propagandas diferentes, a amostragem é aleatória. No entanto, há uma clara tendência de crescimento no número de propagandas infectadas:
O número de propagandas infectadas servidas pelos sites saltou de cerca de 125 em junho de 2014 para mais de 400 em fevereiro de 2015. Embora apenas 407 domínios dentre os 100 mil estudados serviram propagandas infectadas, o crescimento rápido e o fato de que grandes redes de propaganda como a do Google e a do Yahoo! foram infectadas tornam a tendência preocupante.
Segundo a Cyphort, o problema central são as vulnerabilidades de softwares como o Flash, que permitem que as redes de distribuição de publicidade sejam afetadas. Programas como o AdBlock, que bloqueiam o recebimento de publicidade nos computadores do usuário, podem oferecer apenas uma solução de curto prazo.
Site: Olhar Digital
Data: 25/08/2015
Hora: 14h
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Link: http://olhardigital.uol.com.br/pro/noticia/propagandas-com-malware-triplicam-em-um-ano/50772