O Conselho Diretor da Anatel discutiu, e rejeitou, preparar desde já um estudo sobre ‘fatores exógenos’ sobre as quedas previstas no valor da tarifa de interconexão de redes móveis, ou VU-M. A proposta foi feita pelo conselheiro Igor de Freitas na análise de um processo que envolvia a tarifa de interconexão.
“Entendo que já deveríamos orientar a área técnica a fazer essa análise”, sustentou na reunião realizada nesta quinta-feira, 27/8. Rodrigo Zerbone foi contra a ideia, até porque, tecnicamente, não havia pedido a esse respeito no caso que estava sendo julgado. “Não precisamos antecipar se há processos específicos sobre isso”, afirmou.
A Anatel definiu uma trajetória cadente para a tarifa de interconexão, que a própria agência alegava ser a mais alta do mundo. As quedas começaram em 2011, quando a VU-M era superior a R$ 0,40 por minuto. A meta é ficar entre R$ 0,01 e R$ 0,02 em 2018 e o pouso escalonado foi defendido para que o impacto financeiro de um componente ainda fundamental das receitas das teles móveis fosse gradual.
“Algumas premissas mudaram desde quando foram feitas as análises técnicas para a redução da tarifa de interconexão. Por exemplo, estimou-se para todo o período uma inflação de 4,5% ao ano”, diz Igor de Freitas. Por enquanto, o projeção é de IPCA acima de 9% em 2015.
Site: Convergência Digital
Data: 28/08/2015
Hora: 10h48
Seção: Telecom
Autor: Luis Osvaldo Grossmann
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=40478&sid=8