Autoridades estão preocupadas com a segurança online durante as Olimpíadas 2016

21/09/2015

Na última quinta-feira (17), a segurança online foi pauta de uma audiência pública na Câmara dos Deputados na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos. Carlos da Silva, diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), demonstrou preocupação ao pensar na quantidade de crimes virtuais que poderão ser praticados durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. 

"No período dos Jogos Olímpicos, vamos ter um grande número de ataques de roubo de senhas, de tentativas de phishing e de usar cartões de crédito de outros países. Temos que nos preparar para garantir segurança a todos esses usuários que estarão aqui, sendo eles inocentes ou não", disse o diretor. 

O tema também preocupa parlamentares, como a presidente da CPI e deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO), que quis saber quais são os desafios do Governo brasileiro no combate aos crimes virtuais em grandes eventos, como no caso das Olimpíadas no ano que vem.

Segundo o chefe da Divisão de Operações do Centro de Defesa Cibernética do Exército (CDCiber), coronel Paulo Roberto de Araújo Castro Vianna, "no âmbito da Defesa, existe todo um planejamento voltado para a área de defesa cibernética". Para ele, a capacitação de pessoal e o desenvolvimento de tecnologias nacionais são preocupações constantes, não sendo pauta somente agora com a chegada do novo evento esportivo. O coronel citou como exemplo de medida já tomada anteriormente a criação do Centro de Defesa Cibernética, que atuou em grandes eventos já realizados no Brasil, como a Rio+20, os Jogos Pan-Americanos e a Copa do Mundo de 2014.

Já com relação à prática de phishing e roubos de senha, o diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Segurança e das Comunicações (CPESC) da Abin, Otávio Cunha da Silva, diz que a proteção contra esses crimes depende 60% das pessoas, 20% da tecnologia e 20% de perseverança.  "Depende muito mais de educação para diminuir esse fosse que existe entre os usuários normais e os criminosos, que vivem disso, e a população precisa usar a internet. Você dá 'agree' concordando com a instalação de um dispositivo sem perceber, ou entender, o que ele vai fazer na sua máquina", explica o executivo. 

Durante as Olimpíadas de 2016, o Brasil contará com cerca de 200 especialistas, militares e técnicos atuando na proteção de dados na internet nacional, de acordo com o CDCiber.

 

Fonte: IDG Now!

Site: Canaltech
Data: 19/09/2015
Hora: 14h55
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