A TI ainda precisa ajustar práticas sobre local de trabalho digital

21/09/2015

Quando o assunto é planejamento da TI corporativa e a estruração de departamentos e equipes, 84% dos CIOs mundiais ainda adotam um horizonte curto - apenas dois anos - quando deveriam estar mirando 2020 se querem acertar a mão na transição das suas empresas e profissionais para a economia digital.

O dado é do estudo global CIO Survey 2015, conduzido pela empresa de pesquisas e consultoria Gartner, Inc.. A consultoria recomenda que as empresas adotem um processo de planejamento chamado "Impact 2020". O processo aponta que primeiro é preciso identificar os resultados desejados para 2020, e então determinar habilidades, atitudes e expectativas da sua organização e de seus funcionários.

No processo de identificação, os CIOs e gestores de empresas precisam pensar num combinado de Tecnologia da Informação e Recursos Humanos para convergir tanto os recurso de tecnologia necessários para sustentar a jornada para 2020 como também o tipo de profissional necessário e o estilo de trabalho compatível.

Ajustando o relógio

De acordo com o levantamento do Gartner, muitas organizações já estão adiantadas na transição da era da industrialização do setor de TI para a era da economia digital, mas algumas práticas antigas ainda permanecem. Tais ações devem ser atualizadas ou abandonadas, para que se possa adotar plenamente tanto o local de trabalho digital como a abordagem operacional ágil da TI bimodal. 

As novas práticas que devem ser adotadas pelos executivos serão debatidas no Symposium/ITxpo 2015, o maior e mais importante evento mundial do Gartner para CIOs e executivos de tecnologia, que acontece em São Paulo de 19 a 22 de outubro.

O horizonte de planejamento mais amplo é uma dessas práticas. "Dada a expectativa de vida de muitos investimentos em tecnologia, isso também ajudará os líderes de TI a tomar melhores decisões de investimento. Aumentar o prazo permite que a organização ganhe vantagem competitiva, capitalizando a tecnologia emergente de forma mais cautelosa, assim como o capital humano e as tendências de consumo", afirma Matt Cain, Vice-Presidente e Analista Distinto do Gartner.

"Use essas definições para localizar com precisão as tecnologias e serviços necessários para alcançar esses resultados. Trabalhando com Tecnologia da Informação, Recursos Humanos, representações e instalações de negócios, o ´Impact 2020´ permitirá que você sintetize as tendências nessas áreas", explica o executivo.

O que vem depois

Outra recomendação da consultoria é investir em tecnologias pós-nexo - entendendo que para o Gartner o nexo das forças é o conjunto formado por mobilidade, mídias sociais, cloud e dados. Os CIOs estão começando a pensar sobre – e até buscam ativamente – as tecnologias pós-nexo. De fato, dados do Gartner sugerem que os CEOs avançaram ainda mais nesse caminho e já consideram que as tecnologias de nexo e os negócios digitais sejam uma realidade atual.

Essas tecnologias incluem Internet das Coisas (IoT), aprendizado de máquinas, desenvolvimento humano, impressão 3D e robótica. A maioria dos CIOs entrevistados já começaram a investigar, ou até mesmo a implantar, tecnologias relacionadas à IoT, máquinas inteligentes ou tecnologia de desenvolvimento humano. O que diferenciará as organizações será o modo de implantação.

"Essa área deverá ser tratada com sensibilidade, para que o funcionário veja a tecnologia como uma vantagem que ajudará em seu desenvolvimento e, como resultado, o tornará mais importante para a empresa. Uma parceria entre Tecnologia da Informação, Recursos Humanos e líderes de empresas é necessária para garantir uma implementação abrangente, eficiente e sensível às preocupações dos funcionários", diz Cain.

Métricas de desempenho

Os custos e os níveis de serviços com TI são os dois indicadores mais usados para verificar o desempenho do CIO. Ambos são remanescentes da era da industrialização do setor de TI. Expanda o foco do grupo de TI para além da tecnologia, da automação e da manutenção. Em um período de mudanças no local de trabalho, o engajamento dos funcionários se torna uma prioridade para garantir que a força de trabalho adote novos modelos de negócios.

A recomendação da consultoria é criar novos indicadores que demonstrem mais claramente a contribuição do grupo de TI nos resultados da empresa, com base em seu valor não financeiro e em sua contribuição para inovação.


Esses indicadores auxiliarão a empresa a concentrar-se no engajamento dos funcionários, o que pode ser definido como o quanto os funcionários estão dispostos a ajudar a atingir os objetivos da organização e a participar ativamente da comunidade.

8UHTrabalhando com o departamento de RH, a equipe de TI pode contribuir para o encorajamento dessa ação por meio da promoção de um ambiente de trabalho mais próximo ao do cliente, permitindo maiores níveis de colaboração, reconhecimento, bem-estar e transparência.

Site: Computerworld
Data: 20/09/2015
Hora: 12h36
Seção: Gestão
Autor: ------
Link: http://computerworld.com.br/ti-ainda-precisa-ajustar-praticas-sobre-local-de-trabalho-digital