Mercado brasileiro de TI deve estar preparado para mudanças, aponta consultor

25/09/2015

O sétimo maior mercado de tecnologia da informação (TI) pertence ao Brasil. Em 2014, o segmento movimentou US$ 60 bilhões, um crescimento de 6,7% quando comparado a 2013. E a tendência e continuar aumentando. O setor tem média de crescimento maior que a mundial.

De acordo com o gerente de Pesquisa e Consultoria da IDC, Pietro Delai, a previsão é de que, neste ano, o mercado brasileiro de TI cresça 7,3%, enquanto os demais países devem registrar, em média, alta de 3,4%. “Países emergentes, como o Brasil, ainda tem carência em termos de melhoria de produtividade. Tecnologia da informação é a ferramenta que consegue dar esse aumento, gerando competitividade para as empresas”, avalia Delai, que nesta quinta-feira (24) participou de um evento promovido pela companhia Dell em Brasília.

Além de gerar impactos nos lucros das empresas, essa média de crescimento trará às companhias nacionais a necessidade de aperfeiçoar a gestão de TI para acompanhar as demandas da terceira plataforma da era digital. Segundo o gerente de Pesquisa e Consultoria da IDC, os pilares da nova dinâmica de computação, que iniciou-se no século XXI, está baseada em quatro pilares: cloud computing, big data, mobilidade e social business.

“O Social Business, por exemplo, é uma nova maneira das empresas se comunicarem com seus clientes, é o caso de apps de táxi e de check-in. Eles geram um novo mecanismo de tráfego de dados”, explicou Pietro Delai, que defendeu que as companhias invistam mais em novos processadores. “É melhor adquirir um equipamento um pouco mais caro, mas que não vai te deixar na mão. Além disso, os processadores mais modernos, além de mais rápidos, gastam menos energia.”

Sobre o custo da energia elétrica no Brasil, Pietro Delai alertou que esse tema será um dos desafios das gestões das empresas. “A terceira plataforma implica em termos todos conectados e ao mesmo tempo. As gestões devem ser otimizadas para reduzir o custo com as infraestruturas”, alertou.

Os números da venda de smartphones no Brasil demonstram que a mobilidade é um caminho sem volta. Em 2014, foram vendidos, segundo o IDC, 104 aparelhos por minuto. Notebooks, tablets e desktops, aliados aos smartphones, demandam das redes, cada vez mais o uso da internet, virtualização de aplicações corporativas, cloud computing, backups, entre outros.

A Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), em 2013, foi responsável por 2% dos dados gerados. A estimativa é de que, até 2020, os inúmeros dispositivos que estarão conectados entre si por meio da internet vão gerar 20% dados da rede mundial de computadores. “Esse é o reflexo, na prática, do Big Data. Em 2020, devemos gerar 1,6 Zetabyttes. Para se ter uma ideia, esse volume de dados representa seis pilhas tabletes de 64Gb que vão da Terra à Lua”, explicou Delai. Na lista de dicas do especialista para as companhias seguirem estão: atenção à segurança de dados, atualização dos equipamentos e automatização da operação.

Telecom

Os segmentos de tecnologia da informação e de telecomunicações andam lado a lado. Os dois setores juntos dão ao Brasil a marca de quinto maior mercado do mundo, com uma movimentação de US$ 158 bilhões em 2014. À nossa frente estão os Estados Unidos (US$ 1 trilhão), China (US$ 419 bilhões), Japão (US$ 260 bilhões) e Reino Unido (US$ 162 bilhões).

Nessas nações, o mercado de TI é maior que o de telecomunicações. Porém, no Brasi,l as posições estão invertidas, mas por pouco tempo. A médio e longo prazo a área de TI será maior que a de telecom. “Começamos a cabear [fibra ótica] o Brasil um pouco tarde. Além disso, temos um País enorme. Estamos fazendo investimentos para garantir que os cabos de fibra ótica cheguem em todos os lugares”.

Sobre o IDC

O IDC é  uma empresa líder em inteligência de mercado e consultoria nas indústrias de tecnologia da informação, telecomunicações e mercados de consumo em massa de tecnologia. Analisa e prediz as tendências tecnológicas para que os profissionais, investidores e executivos possam tomar decisões de compra e negócios nestes setores. Mais de mil analistas em 110 países proveem conhecimento local, regional e global dos mercados tecnológicos em hardware, software, serviços, telecomunicações, segmentos verticais e investimentos em TI.

Dell Solutions

A companhia Dell realizou, nesta quinta-feira (24), em Brasília, o Dell Solutions Road Show. O evento promoveu debate sobre os desafios e as tendências que afetam as gestões estratégicas, negócios e liderança em TI.

Site: Agência Gestão CT&I
Data: 24/09/2015
Hora: 17h20
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Autor: Felipe Linhares
Link: http://www.agenciacti.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=8009:mercado-brasileiro-de-ti-deve-estar-preparado-para-mudancas-aponta-consultor&catid=1:latest-news