Brasil ocupa 26ª posição no ranking global de conectividade

13/10/2015

A Huawei apresentou dados relativos ao Brasil no seu estudo Global Connectivity Index 2015 (GCI), relatório que analisa e projeta o impacto das TICs (tecnologias da informação e comunicação) no processo de transformação das nações para a economia digital.

Em termos de conectividade, o país ocupa a 26ª posição do ranking e ficou em sexto lugar entre os países em desenvolvimento. Na América Latina, ficamos atrás do Chile (20ª posição no ranking global) e está em terceiro no Brics, atrás da China (23º) e da Rússia (25º).

As nações em desenvolvimento – tendo o Brasil, China, Chile e Emirados Árabes liderando este grupo no GCI – têm diminuído a distância em relação aos países desenvolvidos em termos de oferta de conectividade. Esses mercados ainda estão atrás das economias maduras quando se trata de demanda de conectividade e experiência.

“Entre os países em desenvolvimento, o Brasil ocupa a oitava colocação em penetração de banda larga móvel, liderando o grupo. A expectativa é que o país avance nas próximas edições do GCI em vista do Plano Nacional de Banda Larga”, indica o relatório enviado pela fabricante chinesa. De acordo com o estudo, por outro lado, em relação à acessibilidade de banda larga, especialmente a móvel, o país ocupa as últimas colocações, em 39ª posição mundial.

Gargalos da nuvem

Segundo a pesquisa, apesar de uma ampla quantidade de fornecedores de computação em nuvem no Brasil, o que acarreta um elevado índice de oferta dessa modalidade, percebe-se que a migração de indústrias tradicionais para a plataforma em nuvem ainda está embrionária no Brasil, com um índice de apenas 1 entre 5 possíveis.

Esses indicadores apontam que o país possui um alto potencial de crescimento da computação em nuvem. “Os data centers são a base para os avanços esperados em TIC e são catalizadores para a adesão generalizada de computação em nuvem, big data e IoT”, indica o documento.

O GCI mostra que o Brasil ultrapassou a maioria dos países em desenvolvimento na adoção de banda larga e data centers, porém se mantém muito atrás dos países desenvolvidos, onde o investimento em centros de processamento de dados é três vezes maior do que o de países em desenvolvimento e duas vezes maior do que o Brasil.

A pesquisa da Huawei revelou ainda que o número de servidores existentes nos países desenvolvidos é 2,5 vezes maior do que no Brasil e os serviços de Gestão de Data Centers é 2 vezes maior, o que indica o grande potencial de crescimento de data centers no País.

Como funciona a pesquisa

O que diferencia o GCI de índices similares é uma definição mais ampla da conectividade que abrange redes, computação e armazenamento, ao mesmo tempo em que também enfatiza elementos não estruturais de uma economia digital funcional, como demanda por serviço, atividade de comércio eletrônico, entre outros.

Os Estados Unidos estão em primeiro no ranking entre os países pesquisados, graças à robusta força de fornecimento e demanda para serviços de TIC, além do avançado estado de implementação dos serviços, ao lado outras economias maduras como Suécia, Singapura, Suíça e o Reino Unido completando os cinco primeiros países do ranking.

A pesquisa aponta que o investimento em TIC está relacionado ao PIB, sendo que um aumento de 20% em TIC gera um incremento de 1% no produto interno bruto de um País, ou seja, a adoção de TIC tornou-se fundamental para se alcançar uma economia digital.

O estudo também identifica cinco habilitadores da transformação digital - data centers, serviços em nuvem, Big Data, banda larga e a Internet das Coisas. Estas tecnologias representam os objetivos que os interessados devem priorizar a fim de transformar mais eficientemente suas economias para a era digital.

Site: Computerworld
Data: 09/10/2015
Hora: 14h59
Seção: Infraestrutura
Autor: ------
Link: http://computerworld.com.br/brasil-ocupa-26a-posicao-no-ranking-global-de-conectividade