A economia dos algoritmos está desenhando uma nova era na Tecnologia da Informação, sustentam os especialistas do Gartner. De acordo com a consultoria, em cinco anos, cerca de 1 milhão de novos dispositivos estarão on-line a cada hora e, essas interconexões terminam por criar bilhões de novos relacionamentos, os quais não são conduzidos apenas pelos dados, mas, principalmente, pelos algoritmos.
"É isso que o Google faz. É isso que o Facebook está fazendo. O Goldman Sachs está abrindo a sua base de dados para trabalhar com os algoritmos. São eles que farão a diferença", ponderou a vice-presidente e Analista Distinta do Gartner, Betsy Burton. A coleta de dados fica cada vez mais importante, mas o big data não é um milagre.
"O Big data não tem todas as respostas. A pergunta certa é cada vez mais importante, especialmente, em função da base de dados que for utilizada para obter a resposta da questão corporativa", salientou David Willis, especialista do Gartner que veio ao Brasil. A transformação digital é uma realidade. E os fornecedores terão que se adequar ao novo ecossistema.
"Os fornecedores precisam estar aptos para apoiar projetos que falham em pouco tempo; na Nuvem, por demanda e compromissos muito automatizados e com curto prazo e modelos pré-pago; e fornecer ideias em tempo real com automação avançada", adverte Val Sribar, Vice-Presidente de Grupo do Gartner. Já os CIOs, se querem mesmo ter papel relevante nesse processo precisam de três ações:
(1) uma abordagem diferente em relação à tecnologia e ao investimento; (2) novos fornecedores digitais; e (3) criar uma área de inovação.
“Para acelerar a criação de uma nova plataforma de tecnologia digital, as empresas líderes atuam como investidores de risco. Essas companhias não ficam esperando que os fornecedores atuais desenvolvam habilidades digitais. Ao invés disso, elas investem em pequenas startups de tecnologia e estão construindo uma participação no futuro, guiando a sua direção”, acrescenta Val Sribar.
Vulnerabilidades
Os diretores de segurança e risco estão mais preocupados com as vulnerabilidades da tecnologia antiga, ficando atentos a invasores externos e buscando atingir uma meta intangível de proteção. Contudo, 65% dos CEOs dizem que sua abordagem de gestão de riscos está ficando defasada. As empresas sabem que precisam investir e estão aplicando mais recursos para as questões relacionadas à segurança e qualidade.
O Gartner prevê que até 2017, as companhias de TI tradicionais gastarão 30% do seu orçamento em risco, segurança e compliance, e alocarão 10% dos seus colaboradores para essas funções. O número é três vezes maior do que os investimentos realizados em 2017. “Não é possível controlar os hackers, porém, está ao alcance das empresas o domínio da sua própria infraestrutura, usando mais automação, terceirização e algoritmos baseados na rede. O ideal é simplificar os sistemas e parar de tentar atingir a proteção perfeita impossível e começar a investir na detecção e resposta”, explica Val Sribar.
Segundo o analista, antes de ser ativado ou detectado, um software malicioso normal pode permanecer inativo e imperceptível por mais de sete meses. Por isso, os líderes de TI devem ter uma percepção mais criteriosa para identificar e agir contra essas ameaças silenciosas. Os CIOs precisam repensar seus investimentos em segurança e risco. O Gartner recomenda que as empresas invistam 90% dos recursos em prevenção e 10% em detecção e resposta, para uma divisão de 60/40.
*Com informações do Gartner
Site: Convergência Digital
Data: 22/10/2015
Hora: ------
Seção: Futurecom 2015
Autor: ------
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=40938&sid=95#.VimKWn6rTIU