O Vale do Silício é conhecido mundialmente como o maior e principal polo de empreendedorismo do mundo. Entre os vários pontos positivos, estão ecossistema bem estabelecido, capital de sobra e muitas oportunidades. Por outro lado, dificuldade para se destacar em meio a tantas empresas pode ser fatal para seu negócio. Por isso, outros polos de inovação têm surgido como alternativa para startups.
Segundo o estudo Global Startup Ecosystem Ranking 2015, Nova York, Los Angeles e Boston aparecem como opções para empreendedores nos Estados Unidos. “É a cidade mais internacional e cosmopolita dos Estados Unidos”, diz Lucas Pimenta Júdice, CEO da MidStage. A aceleradora de startups organiza o evento VentureInLA, missão de startups em Los Angeles, neste mês.
Em novembro, 15 startups vão conhecer a cidade durante o evento e avaliar a possibilidade de instalar seus negócios por lá ou mesmo conseguir um investimento americano. “Los Angeles tem muito recurso financeiro. Em 2014, mais de US$ 1 bilhão foram investidos em startups só em Los Angeles, enquanto no Brasil inteiro foram US$ 670 milhões. A cidade ainda congrega três das 15 melhores universidades do país (USC, UCLA e CalTech) e oferece uma multiplicidade de indústrias, não apenas de tecnologia”, diz Júdice.
Para quem pensa em se instalar em polos menos conhecidos do que São Francisco, algumas vantagens são custo, mais oportunidades de negócios do que outros locais e menos competitividade. “São Francisco é focada exclusivamente em tecnologia e não tem abertura para outras indústrias tipo biotecnologia”, afirma. Outra vantagem é diminuir a concorrência. “Em São Francisco, os investidores estão de olho em ex-empregado de alguma empresa de tecnologia famosa. Estrangeiros tem uma baixa probabilidade de conseguir espaço por lá”, afirma.
Pode parecer tentador levar uma empresa aos Estados Unidos, mas, antes, é preciso se planejar. “O problema da maioria dos brasileiros que pensam em internacionalizar é vir sem montar um planejamento e uma estratégia de internacionalização”, afirma Júdice.
Entre as principais dificuldades estão adaptação cultural, demora em criar uma rede de relacionamentos efetiva e até problemas legais e burocráticos. “A cultura americana é bem objetiva e focada em crescimento empresarial em curto espaço de tempo e com alto volume financeiro. As empresas brasileiras focam em crescimento orgânico, venda após venda, o que pode atrapalhar muito o fluxo de caixa empresarial”, afirma.
Site: PEGN
Data: 27/10/2015
Hora: ——
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Autor: Priscila Zuini
Link: http://revistapegn.globo.com/Startups/noticia/2015/10/por-que-voce-deveria-ou-nao-levar-sua-startup-para-o-exterior.html