IGF aponta estratégias para conectar o próximo bilhão de internautas

12/11/2015

O Fórum de Governança da Internet – cuja edição deste ano acontece em João Pessoa (PB) – apresentou nesta quarta-feira, 11/11, um documento em que tenta “produzir resultados tangíveis”, como uma resposta desse braço da Organização das Nações Unidas, que em geral se vangloria de ser um ponto de debates, não decisões.

documento, chamado ‘Opções de políticas para conectar o próximo bilhão’, reúne 80 contribuições baseadas em medidas concretas adotadas em diferentes países dentro dos cinco tópicos considerados chave para ampliar a conectividade: infraestrutura, usabilidade, qualificação, capacidade financeira e a criação de um ambiente propício.

O governo brasileiro, que também contribuiu com o documento, listou as medidas relacionadas ao cabo submarino para a Europa, a ampliação do número de pontos de troca de tráfego e especialmente o lançamento de um satélite para oferta de banda larga, que tem como uma das metas reduzir o custo de conexões de entre R$ 1 mil a R$ 3 mil por Mbps (como em regiões da Amazônia) para a casa dos R$ 20 por Mbps por mês.

De acordo com o secretariado do Fórum de Governança da Internet, ou simplesmente IGF na sigla em inglês, o trabalho - agora concluído - começou ainda em 2014 e “é parte de um esforço amplo da comunidade de produzir resultados mais tangíveis para aumentar o impacto do IGF na política e na governança internacional da internet”.

Nesse sentido, em infraestrutura o IGF defende maior cooperação entre os setores público e privados para ampliar investimentos, bem como a continuação do processo de implantação de novos pontos de troca de tráfego, além dos esforços na transição para o IPv6.

Também destaca a necessidade de ações que garantam que as pessoas são capazes de usar a internet de acordo com suas necessidades – ressaltando a importância de que conteúdos locais e em todas as línguas sejam estimulados e acessíveis. Da mesma forma, ressalta a importância de que as pessoas sejam capacitadas para acessar, produzir e distribuir informações na rede.

E além de pontuar a necessidade de os países criarem ambientes atraentes aos investimentos e negócios – via política, regulação e legislação –, o IGF frisa que “o custo do acesso é visto como uma das maiores barreiras para estar online”. Até por isso, indica que “grande parte do trabalho sendo realizado atualmente é focado em fazer a internet mais acessível a todos”.

* O repórter foi ao IGF em João Pessoa a convite do CGI.br

Site: Convergência Digital
Data: 11/11/2015
Hora: ------
Seção: Internet
Autor: Luís Osvaldo Grossmann
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=41110&sid=4