O Fórum de Governança da Internet – cuja edição deste ano acontece em João Pessoa (PB) – apresentou nesta quarta-feira, 11/11, um documento em que tenta “produzir resultados tangíveis”, como uma resposta desse braço da Organização das Nações Unidas, que em geral se vangloria de ser um ponto de debates, não decisões.
O documento, chamado ‘Opções de políticas para conectar o próximo bilhão’, reúne 80 contribuições baseadas em medidas concretas adotadas em diferentes países dentro dos cinco tópicos considerados chave para ampliar a conectividade: infraestrutura, usabilidade, qualificação, capacidade financeira e a criação de um ambiente propício.
O governo brasileiro, que também contribuiu com o documento, listou as medidas relacionadas ao cabo submarino para a Europa, a ampliação do número de pontos de troca de tráfego e especialmente o lançamento de um satélite para oferta de banda larga, que tem como uma das metas reduzir o custo de conexões de entre R$ 1 mil a R$ 3 mil por Mbps (como em regiões da Amazônia) para a casa dos R$ 20 por Mbps por mês.
De acordo com o secretariado do Fórum de Governança da Internet, ou simplesmente IGF na sigla em inglês, o trabalho - agora concluído - começou ainda em 2014 e “é parte de um esforço amplo da comunidade de produzir resultados mais tangíveis para aumentar o impacto do IGF na política e na governança internacional da internet”.
Nesse sentido, em infraestrutura o IGF defende maior cooperação entre os setores público e privados para ampliar investimentos, bem como a continuação do processo de implantação de novos pontos de troca de tráfego, além dos esforços na transição para o IPv6.
Também destaca a necessidade de ações que garantam que as pessoas são capazes de usar a internet de acordo com suas necessidades – ressaltando a importância de que conteúdos locais e em todas as línguas sejam estimulados e acessíveis. Da mesma forma, ressalta a importância de que as pessoas sejam capacitadas para acessar, produzir e distribuir informações na rede.
E além de pontuar a necessidade de os países criarem ambientes atraentes aos investimentos e negócios – via política, regulação e legislação –, o IGF frisa que “o custo do acesso é visto como uma das maiores barreiras para estar online”. Até por isso, indica que “grande parte do trabalho sendo realizado atualmente é focado em fazer a internet mais acessível a todos”.
* O repórter foi ao IGF em João Pessoa a convite do CGI.br
Site: Convergência Digital
Data: 11/11/2015
Hora: ------
Seção: Internet
Autor: Luís Osvaldo Grossmann
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=41110&sid=4