As pequenas e médias empresas invadiram a Black Friday brasileira que acontece no dia 27 de novembro. Segundo estudo divulgado nesta terça-feira, 18/11, 75% das empresas virtuais que vão participar da mais esperada liquidação do comércio eletrônico brasileiro faturam até R$ 3,6 milhões por ano. Esse número aumentou 80% em relação ao ano passado até o momento.
Os dados foram levantados na pesquisa Black Friday Legal 2015 realizada pelo Sebrae e pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net). As duas entidades traçaram o perfil das empresas que se cadastraram para receber o selo Black Friday Legal 2015 e que, portanto, estarão presentes na promoção deste ano. O selo promocional, concedido pela camara-e.net, incentiva as boas práticas do comércio eletrônico e identifica o site que aderiu ao Código de Ética. Expectativa é que cerca de 700 lojas adotem o selo em 2015.
“O selo Black Friday Legal cria um ambiente de fomento e incentivo às lojas participantes da promoção, principalmente aos pequenos e médios empreendedores que não dispõem de verba para campanhas publicitárias que tornem seus nomes conhecidos”, explica Ludovino Lopes, presidente da camara-e.net. “Os consumidores podem verificar os requisitos que as lojas atenderam e os compromissos que firmaram para conquistar o selo BFL e, assim, comprar em ambientes que cumprem a legislação em vigor e acolhem as melhores práticas do comércio eletrônico".
Um dos problemas mais importantes do Black Friday é a infraestrutura. A demanda das lojas virtuais pode crescer até 20 vezes. E a queda do site pode causar um prejuízo milionário, adverte Gastão Matos, presidente da Braspag, em entrevista ao Convergência Digital. "A pior experiência que existe é o consumidor tentar comprar e não conseguir por falha técnica", assinala o executivo. Levantamento divulgado pelo Google ratifica e coloca que a cada hora que um site de compras online fica fora do ar, são perdidas 300 mil visitas, que podem representar R$ 1,5 milhão não arrecadado pelos lojistas.
Esse ano, com as PMEs participando de forma mais efetiva, acrescenta Matos, a infraestrutura virou prioridade ao longo de toda a estratégia de montagem do evento. “Acredito que tenhamos muito menos problemas nesta edição”, pontuou o executivo. O levantamento do Google destaca ainda que as vendas móveis na edição 2015 da Black Friday devem crescer 46%, com muitas ações acontecendo nas redes sociais, entre elas, o Periscope, Snapchat, Instagram e Twitter.
Ainda na edição 2015 da Black Friday, mesmo com a retração econômica, o estudo divulgado pelas empresas e pela camara-e.net. Neste ano, segundo estudo do Google, o consumidor está com a intenção de gastar mais. O ticket médio previsto é de R$ 1 mil, enquanto na edição anterior ficou em torno de R$ 700,00. A sexta feira negra, ou Black Friday, se tornou o principal evento de venda do comércio, superando nos dois últimos anos o próprio Natal.
A expectativa para a data é grande, em levantamento feito pelo Sebrae, 83% das empresas esperam vender mais nessa data, enquanto cinco em cada dez empresas (52%) querem aproveitar o dia de promoção para reposicionar a marca no mercado.
Além da expectativa para a data em si, espera-se que as vendas aumentem também no final de semana após o dia 28 e na “Cyber Monday”, segunda-feira seguinte. A estimativa é que no sábado, dia 28, as vendas aumentem 194% se comparado a sábados normais, e no domingo 59% se comparados a outros domingos, mesmo os comemorativos como Dia dos Pais, conforme divulgou a Braspag.
*Com agências de notícias e assessoria da Braspag
Site: Convergência Digital
Data: 17/11/2015
Hora: ------
Seção: Negócios
Autor: Ana Paula Lobo
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=41159&sid=5