O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação indicou que serão ampliados, a partir do próximo ano, os recursos destinados a empresas inovadoras iniciantes. O ministro Celso Pansera não chegou a se comprometer com números, mas disse que trabalha para evitar o contingenciamento e usar parte dos recursos da Finep para “investir pesadamente em startups”.
“Queremos dar uma alavancada a partir da Finep, que tem recursos para empréstimo, no programa de Startup Brasil. Queremos ver como movimentar uma parte desses recursos para que não caia no contingenciamento dos fundos setoriais, para que possamos investir a partir do ano que vem pesadamente em startups, em novas empresas de inovação”, disse o ministro.
O programa, criado pelo MCTI em 2012, formou até aqui quatro turmas de startups – 183 empresas em 17 estados. Elas foram incentivadas com R$ 45 milhões de recursos de parceiros privados, além e R$ 17 milhões em dinheiro público.
A ideia original era lançar duas chamadas públicas por ano para selecionar as empresas iniciantes beneficiadas. Mas isso só se deu em 2013 e 2014. Este ano, ainda não houve nenhuma nova turma. Daí a promessa do ministro de que o programa voltará à ativa em 2016.
Paralelamente, a própria Finep já indicou que poderá incentivar duas dezenas de startups dentro do programa Inova Empresa – originalmente voltado a projetos em Defesa, Agroindústria, Energia, Óleo e Gás e Telecomunicações. Até aqui a Financiadora de Estudos e Projetos se envolve via fundos de participação.
Fibra óptica
Ao participar nesta quinta, 26/11, de audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, Celso Pansera também anunciou que vai apresentar um plano de atuação conjunta com os ministérios das Comunicações e do Desenvolvimento para financiar a ampliação da infraestrutura da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa.
“O problema de dotar o país de uma rede de fibra óptica sólida, suficiente, capaz de fazer o sinal chegar, é muito forte. Estamos para lançar um projeto, vamos fechar com Ministério das Comunicações e MDIC, com os estados. Onde tem qualquer tipo de instituição de ensino pública com alguma vinculação de produção de tecnologia, de conhecimento, a RNP chega, com apoio dos estados, com emendas parlamentares, para fazer os anéis [ópticos] nas cidades.”
Segundo ele, “vamos concluir o estudo nas próximas semanas para levar ao Ministério das Comunicações e ao MDIC e ao Conselho de Secretários Estaduais de Ciência e Tecnologia. Tem um custo elevado mas é possível ser absorvido. Se ano que vem deputados tiverem interesse em apresentar emendas, que os secretários estaduais procurem suas bancadas e negociem.”
Site: Convergência Digital
Data: 26/11/2015
Hora: ——
Seção: Governo
Autor: Luís Osvaldo Grossmann e Luiz Queiroz
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=41227&sid=7