Membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos questionaram nesta quarta-feira (3) a forma como o WhatsApp atua no Brasil. Para os deputados, o aplicativo de troca de mensagens não respeita determinações legais dispostas na Lei 12.965/14, conhecida como Marco Civil da Internet, especialmente no que diz respeito ao armazenamento de registros dos usuários.
Em sessão realizada ontem na Câmara dos Deputados, em Brasília, os deputados ouviram o vice-coordenador jurídico geral do WhatsApp, Mark Khan, que explicou um pouco sobre o funcionamento da ferramenta. De acordo com ele, a plataforma foi desenvolvida para não armazenar mensagens de seus usuários.
Assim, uma vez que são enviadas, elas são armazenadas apenas localmente no dispositivo do próprio usuário, não mantendo qualquer registro das conversas em seus servidores. Ainda conforme o representante do WhatsApp, tal prática garante mais eficiência ao serviço, que não pode interceptar mensagens trocadas entre seus utilizadores mesmo sob ordem judicial.
Isso acontece porque os dados são criptografados e as chaves capazes de interpretar tais informações não permanecem em posse da empresa. Diante deste cenário, a única maneira de “interceptar” uma mensagem seria obter um dos aparelhos envolvidos na conversa.
Apesar das reações negativas dos deputados, Khan reafirmou o compromisso do WhatsApp com as autoridades brasileiras a fim de investigar a ferramenta em casos de crimes cibernéticos. Para isso, os responsáveis pelo aplicativo já teriam contratado uma empresa para consultoria específica no Brasil.
Fonte: TI Inside Online
Site: Canaltech
Data: 03/12/2015
Hora: 16h30
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