O final desta década está se aproximando. Em vez de simplesmente olhar para tendo como horizonte o resto de 2016, vamos ser mais ambiciosos e nos concentrarmos em 2020.
As uber-tendências para os próximos anos estarão no impacto crescente da Internet das Coisas em todas as facetas de nossas vidas e na incorporação do aprendizado de máquina para cada nicho desse ecossistema. Nós já estamos vendo se acelerar, considerando os produtos inteligentes revelados na última edição do Consumer Electronics Show.
No coração desta revolução está o smartphone. Todos os dias vemos mais inovações que usam o smartphone como um controle remoto universal, chave de acesso seguro e painel personalizado para todos os aplicativos para interação com as inumeráveis soluções de Internet das Coisas. Analytics de vários tipos - tanto no smartphone, quanto na nuvem - constituem uma característica global de mais esta nova onda de aplicações da Internet das Coisas voltada para o mercado de consumo.
A incorporação da tecnologia de computação cognitiva diretamente em smartphones vai se acelerar nos próximos anos. Esta tendência irá reduzir a necessidade de viagens de ida e volta entre os dispositivos e os data centers na nuvem, onde estão tradicionalmente baseados os serviços inteligentes como os agentes personalizados (Siri, Cortana, Google Now, etc). Esses algoritmos embarcados irão demandar acesso rápido à memória para os fluxos crescentes de dados capturados pelos sensores e armazenados em cache, localmente, nos smartphones.
Como o preço do armazenamento flash continua a cair, e sua densidade e confiabilidade continuam a melhorar, vamos ver o Analytics sendo embarcado em cada dispositivo inteligente. Uma nova geração de cientistas de dados irá construir e otimizar essas análises para dirigir a inteligência em cada produto que usamos.
Em 2020, em todos os setores da economia , novos produtos terão sido re-projetados como endpoints cognitivos da "Internet das coisas". Como tal, eles vão incorporar sensores locais, recursos inteligentes e algoritmos que lhes permitirão adaptar-se continuamente aos seus ambientes. E todos vão lidar localmente com o processamento cognitivo nas soluções de IoT, de forma mais rápida e mais flexível do que em qualquer serviço de nuvem.
Pelo que vejo, a nova geração de desenvolvedores de aplicativos e designers de smartphones está se movendo nessa direção. Por exemplo, recentemente deparei com uma manchete que teria sido inconcebível há apenas alguns anos atrás: "Como explorar todos os sensores de seu telefone celular como um dispositivo de Internet das Coisas". No texto, o autor Abdellatif Bouchama enumera a gama de sensores já existentes em um telefone Android típico, como acelerômetro, sensor de aceleração linear, sensor de gravidade, giroscópio, sensor de luz, sensor de orientação, câmera e microfone. Não só isso, ele discute ferramentas de código aberto baseadas em nuvem para a aquisição, armazenamento, análise e visualização de todos os dados capturados por esses sensores.
À medida que o mundo material se desloca em direção à proliferação de endpoints cognitivos de IoT, os serviços em nuvem continuarão a ser importantes. Afinal, armazenamento, processamento e análise baseados na nuvem ainda serão essenciais para muitas aplicações que requerem capacidades de processamento e armazenamento massivas e paralelas. Mesmo com a verdadeira capacidade de resposta em tempo real e agilidade a nível do dispositivo exigindo processamento local e inteligência nativa no endpoint cognitivo de IoT.
Em 2020 a IoT cognitiva estará tão entranhada na realidade cotidiana que a vida sem ela se tornará cada vez mais impensável.
Site: CIO
Data: 18/01/2016
Hora: 8h
Seção: Tecnologia
Autor: ------
Link: http://cio.com.br/tecnologia/2016/01/18/2020-o-triunfo-de-ti-cognitiva/