À medida que mercados emergentes se expandem, segurança torna-se um dos principais focos para as equipes de TI que precisam garantir que as inovações não afetem negativamente a proteção da rede. Propriedade intelectual e outros dados valiosos requerem proteções de todos os tipos contra ataques cibernéticos em ascenção como malware, phishing e ameaças persistentes avançadas. Esta realidade impacta as tendências de investimentos de TI no Brasil, México, Chile, Colômbia e outras das principais economias sul-americanas nos próximos cinco anos.
A companhia de pesquisas MicroMarket Monitor prevê que o mercado de cibersegurança na América Latina crescerá 17,6% a cada ano até 2019, atingindo US$ 11,91 bilhões, sendo US$ 7,29 bilhões somente no Brasil. Isso representa 7,65% do mercado global - hoje este percentual é de 5,18%.
O segmento financeiro é um dos mais afetados pelos esforços dos cibercriminosos visto que está sob constante ataque. Mais da metade das instituições do setor na América Latina têm detectado algum tipo de violação nos últimos 12 meses, de acordo com uma recente pesquisa da Deloitte.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou que o cibercrime representa 95% das perdas sofridas pelos bancos do país. É nessas condições que vamos ver os gastos com segurança aumentarem nos próximos cinco anos.
Considero que há seis principais tendências que vão impactar esta realidade e direcionar os investimentos:
1. A contínua adoção de virtualização irá criar mais pontos cegos de rede e isso ampliará a necessidade de visibilidade e segurança de tráfego a partir dos fluxos dde informação em ambientes virtualizados.
2. Impulsionadas em grande parte pelo aumento de falhas de rede, arquiteturas de segurança ganharão maior complexidade com um número de novas tecnologias que exigem acesso ao tráfego de rede para detectar de forma cada vez mais perspecaz ameaças persistentes avançadas.
3. A Internet das coisas (IoT) redesenhará as prioridades e vai impor ainda mais desafios para a proteção de sistemas e dados. Isso porque a ascenção da IoT significa mais dispositivos de diferentes tipos conectados à Internet que podem se tornar alvos de cibercriminosos e representam brechas para violação de redes e dados valiosos.
4. A atualização das redes e data centers com foco na virtualização e em maior segurança conduzirão à colaboração entre equipes de segurança, operações de TI e operações de rede. Esta aproximação resultará em abordagens mais unificadas para a implementação da segurança de rede, bem como administração de todos os ativos. O trabalho em conjunto será muito mais valorizado.
5. O tráfego SSL em redes corporativas continuará a aumentar à medida que cresce o uso de criptografia SSL por cibercriminosos que querem esconder suas atividades e atuação dentro de redes invadidas.O monitoramento constante de tráfego SSL se tornará parte muito importante de uma estratégia de defesa de rede.
6. A melhor notícia é que a quantidade de violações de dados bem-sucedidas, ano a ano, diminuirá, como fruto de esforços e investimentos de cada vez mais organizações para eliminar ameaças especificamente dentro das redes, implantando recursos de Analytics em favor da segurança.
(*) Marcelo Maldi é o country manager da Gigamon
Site: CIO
Data: 16/03/2016
Hora: 7h28
Seção: Notícias
Autor: Marcelo Maldi
Foto: ——
Link: http://cio.com.br/noticias/2016/03/16/virtualizacao-iot-e-visibilidade-de-trafego-devem-moldar-investimentos-em-ciberseguranca/