Os serviços públicos prestados totalmente pela internet devem crescer significativamente daqui até o próximo ano, segundo promete a Secretaria de Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento. A meta inicial é dobrar a oferta de soluções de e-gov nesse período.
“Hoje temos 597 serviços mapeados no Portal de Serviços do governo federal, mas eles são prestados por apenas 16 órgãos, de universo de 224. Então há um potencial enorme de crescimento desse catálogo. Grosso modo, estamos colocando em seis meses completar o levantamento do universo e até 2017 migrarmos pelo menos até 50% daquilo que é passível ser digitalizado”, resume o secretario de TI, Cristiano Heckert.
Na prática, o alvo inicial é a parcela do que é apenas parcialmente atendido pela internet. “Temos ainda que ver desses 597 [no Portal] quantos serviços são prestados realmente por meio digital”, explica o secretario, lembrando que há vários casos em que apenas orientações estão online – por exemplo, quais os documentos levar a determinada repartição pública. “Queremos rapidamente ir migrando esses serviços para os canais digitais, deixando para o atendimento presencial apenas o estritamente necessário”, diz Heckert.
Para o secretário, a publicação de uma Estratégia de Governança Digital reposiciona o papel da tecnologia da informação na administração. Primeiro por deixar de listar princípios transversais em uma Portaria – agora a norma é um Decreto presidencial. Mas especialmente “para aproximar a TI da política finalística dos órgãos, com elementos mais voltados à prestação de serviços, ao relacionamento com a sociedade, com o público de cada órgão”.
Mas o sentido contrário também vale. “Têm também [metas] para as áreas finalísticas dos órgãos que precisam se envolver nesse processo de usar a tecnologia como uma plataforma para o cumprimento da melhoria dos serviços públicos digitais, maior acesso a informação, para transparência e desenvolvimento, e maior participação social”, diz Heckert.
Os sinais, portanto, são de espaço para a prestação de serviços a esses diversos órgãos para o atendimento das metas. “Vamos trabalhar com uma gama de possibilidades, desde soluções providas por nós como órgão central de forma transversal, como se dá com o processo eletrônico nacional, que é uma única solução para todos os órgãos. Outro caminho são as soluções já em desenvolvimento conjugando mão de obra própria e contratação de fornecedores, sejam eles empresas públicas ou privadas.”
O destaque, afirma Heckert, é para soluções ‘móveis’. “A estratégia é clara no sentido de caminhar para as plataformas móveis. Já temos algumas soluções disponibilizadas, como o sistema usado pelos servidores para gestão funcional, ou Sinesp no Ministério da Justiça. Essa é uma tendência que vai crescer muito". assistam a entrevista.
Site: Convergência Digital
Data: 22/03/2016
Hora: ------
Seção: Internet
Autor: Luís Osvaldo Grossmann e Luiz Queiroz
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