Big data não serve para muita coisa, disparam analistas do Gartner. De fato, montanhas de informações têm pouco (ou nenhum) valor quando não geram inteligência. E esse valor virá, de acordo com especialistas da consultoria, das formas como as empresas usarão algoritmos para responder perguntas e evoluir estratégias.
"Para os CIOs aumentarem sua influência, eles precisam se concentrar no poder, na escala e na dinâmica das empresas digitais baseadas nas conexões entre pessoas e equipamentos, interconexões e relacionamentos, e no valor dos algoritmos”, aponta.
A visão do Gartner é que as interconexões criam bilhões de novos relacionamentos, os quais não são conduzidos apenas pelos dados, mas também por algoritmos.
Os analistas da empresa de pesquisa descreveram a "economia das conexões" e a "economia dos algoritmos" como a criação de valor por meio do aumento de interações entre empresas, pessoas e coisas. “Valor é o que conquistamos para os clientes e cidadãos. Quanto maior a consistência das conexões, maior será o valor potencial colhido”, afirma David Willis, vice-presidente da consultoria.
Especialistas do Gartner afirmam que esse modelo emergente conduzirá o mundo ao próximo grande salto na evolução das máquinas na Internet das Coisas. “Os produtos e serviços serão definidos pela sofisticação de seus algoritmos e funções”, afirma Val Sribar, vice-presidente da companhia.
A consultoria listou três abordagens para que as empresas avancem no cenário desenhado no horizonte:
1. Remova os obstáculos. De acordo com o Gartner, para cumprir a promessa da economia das conexões, os líderes de tecnologia devem mudar sua mentalidade. “O controle é trocado por influência. A inércia é removida por meio da diversificação, e a desconfiança deve ser transformada em confiança dentro da área de TI, da empresa e em outros lugares”, lista Betsy Burton, vice-presidente da consultoria.
2. Mude do controle para a influência. Para realmente obter resultados, os gestores devem evoluir. A analista observa que uma característica que destaca os CIOs de outros executivos é o seu “pensamento intuitivo”.
“Com a chegada da economia algorítmica, são criadas oportunidades para desenvolver as habilidades, capacidades e ideias do CIO. Isso ampliará o círculo de influência do executivo”, acredita a especialista.
3. Saia da inércia para a diversificação. Segundo o Gartner, ao mesmo tempo em que os CIOs seguem um caminho que os leva à criação de uma influência maior e mais valiosa, eles também precisam diversificar. “As empresas de TI devem superar a inércia que construíram com o passar dos anos”, afirma a consultoria.
Betsy realça alguns exemplos de momentos em que o departamento de TI precisa variar. Ela ressalta a crença que as organizações têm de não poderem abandonar os legados. “Essas aplicações e infraestruturas já deveriam ter sido eliminadas há muito tempo, ou nunca teremos um retorno. Analise bem os pequenos projetos, as deficiências técnicas e os insucessos históricos que poderiam prejudicar o departamento. Elimine-os”, dispara.
Outro ponto versa sobre o estabelecimento de parcerias. “Se alguém pode fazer melhor, deixe-o fazer. Os desenvolvedores independentes, que não estão sob o controle do CIO, por exemplo, são o futuro do desenvolvimento de software. Encontre-os e una-se a eles”, recomenda.
Site: Computerworld
Data: 31/03/2016
Hora: 8h25
Seção: Negócios
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