Para levar uma solução de tecnologia para o mercado internacional, é necessário considerar uma vasta e complexa lista de variáveis. Muitas empresas gastam milhões de dólares na intenção de levar seus produtos para o exterior e acabam se decepcionando com os obstáculos que encontram pela frente. No final, fica um gosto amargo de não ter chegado lá ou de ter desistido no meio do caminho por falta de fôlego.
A consultora da Apex-Softex e diretora de negócios internacionais pela PA Latinoamericana, Luciana Paiva, revela que “tradicionalmente, as médias e pequenas empresas de tecnologia estão à parte do processo de exportação por desconhecimento ou mesmo por falta de recursos próprios para investir em toda a estruturação necessária. Nossas soluções tecnológicas, por exemplo, são versáteis, reduzem custos, agilizam negócios e possuem vantagens competitivas bastante atraentes para mercados compradores de tecnologia”.
Para ela, o momento da economia brasileira é bastante propício para quem deseja exportar e o dólar alto é um dos grandes aliados neste processo. “Empresas têm buscado uma alternativa para diversificar seus negócios, e a internacionalização, sem dúvida, tem sido uma opção bastante atrativa para os que anseiam explorar mercados desenvolvidos e com grande potencial de consumo, pagando em dólares”. Contudo, existem algumas precauções e cuidados para iniciar uma internacionalização. Abaixo, a executiva revela seis maneiras de evitar grandes frustrações neste processo:
1. Concorrência. Você sempre terá concorrentes locais, dizer que não tem concorrente não é vantagem para ninguém, muito pelo contrário, em mercados desenvolvidos, quem não tem concorrente deve ter um produto que ninguém quer comprar;
2. Comunicação. Você não pode simplesmente traduzir todo seu material e metodologia sem adapta-la antes para o novo mercado. Traduções ipsis litteris soam bizarras em qualquer lugar do mundo;
3. Cultura. Tenha respeito com a cultura local. Estude, entenda e se apaixone pelo modo com que as pessoas agem e reagem. Nos Estados Unidos, por exemplo, é um sinal de respeito e a palavra ainda vale mais do que o escrito, portanto, não se comprometa verbalmente se não puder cumprir;
4. Estrutura física. Uma boa sugestão é contratar uma empresa com vasto conhecimento do mercado alvo e que possa oferecer uma estrutura básica inicial, evitando um investimento grande em infraestrutura e contratação de pessoal. A empresa que for sozinha, sem o apoio de uma empresa de consultoria, desembolsará, pelo menos, US$ 200 mil no primeiro ano. Caso utilize uma estrutura para iniciar as primeiras fases, este custo fica reduzido sensivelmente, em torno de US$ 60 mil a US$ 80 mil por ano;
5. Estratégia comercial. Estude o mercado, os concorrentes, a precificação e os modelos de venda. A oferta precisa ser competitiva e a estratégia comercial tem que abranger os clientes, os canais e os parceiros;
6. Incentivo fiscal. Conheça os incentivos fiscais disponíveis, tanto no Brasil como no exterior, bem como a melhor maneira de tirar vantagem dos mesmos. Em solo brasileiro, por exemplo, algumas operações não são tributáveis, sendo imunes ao ICMS, IPI, PIS e COFINS, ISS, entre outras taxas e impostos.
Site: Computerworld
Data: 28/04/2016
Hora: 7h35
Seção: Negócios
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