Ideias simples podem render milhões. Esse parece ser o lema de algumas das empresas selecionadas pelo programa Promessas JP Morgan Chase Foundation. Entre os modelos de negócios, há um ecommerce que aluga vestidos de festas, uma rede social que leva problemas da população aos poderes públicos e uma companhia de tecnologia voltada para a educação, que já alcança 40 mil estudantes de escolas públicas e privadas.
Na Dress&Go, a receita vem do aluguel online de vestidos e acessórios de estilistas conhecidos, como Adriana Barra e Reinaldo Lourenço. "Em 2012, fechei uma pâtisserie ao perceber que não era um negócio tão inovador quanto eu que procurava", diz a fundadora Mariana Penazzo.
Com 70 funcionários, a empresa já atendeu mais de 50 mil consumidoras com idades entre 20 e 40 anos. Oferece mais de 2,5 mil peças, de 50 marcas, sem cobrança de taxa de entrega. Por meio de um chat online, a equipe orienta a cliente sobre a melhor roupa para cada ocasião.
Outra selecionada, a Colab.re é uma plataforma baseada em uma rede social gratuita em que os internautas podem publicar problemas, sugestões e avaliações de serviços públicos. "Há reclamações sobre buracos nas ruas, calçadas irregulares ou placas danificadas", explica o cofundador Bruno Aracaty. Ao mesmo tempo, oferece um sistema de gestão em que os governos podem encaminhar e acompanhar as demandas dos usuários. Em janeiro, lançou um recurso para receber fotos de focos do mosquito Aedes aegypti.
Criada em 2013, a empresa reúne mais de 150 mil usuários e quase 150 clientes, a maioria prefeituras, como as de São Paulo, Teresina e Porto Alegre. Faturou R$ 1 milhão em 2015 e o plano é chegar aos R$ 3,5 milhões de faturamento, em 2016.
Na EvoBooks, a proposta é oferecer conteúdo educacional em dispositivos móveis. "Queremos trabalhar com experiências de aprendizado mais instigantes, com impacto direto no material didático e no resultado dos alunos", diz o CEO Felipe Rezende, que entrega as soluções para mais de 40 mil estudantes de escolas públicas e privadas no Brasil. Para atrair a atenção do setor, investe em métodos de ensino interativos, com simulações e laboratórios virtuais. Fundada em 2012, a partir de um investimento inicial de R$ 700 mil, a companhia já recebeu R$ 3 milhões de investidores privados.
Site: Valor Econômico
Data: 29/04/2016
Hora: 5h
Seção: Empresas
Autor: Jacilio Saraiva
Foto: ——
Link: http://www.valor.com.br/empresas/4542937/modelos-de-negocios-mostram-que-ideias-simples-podem-gerar-milhoes