Ataques de ransomware cresceram 14% no primeiro trimestre de 2016

16/05/2016

O relatório de malware da Kaspersky Lab do primeiro trimestre de 2016 identificou um aumento de 14% na quantidade de ataques de ransomware este ano, em relação ao mesmo período de 2015. No total, foram registrados 2.900 novos ataques no período.

O documento inclui ainda outros dados alarmantes. As soluções de segurança da Kaspersky Lab evitaram 372.602 tentativas destes ataques a seus usuários, sendo que 17% deles visavam as empresas. O número de usuários atacados cresceu 30% em relação ao último trimestre de 2015.

De acordo com o relatório da Kaspersky Lab, as três famílias mais importantes de ransomware detectadas no início do ano foram: Teslacrypt (58,4%), CTB-Locker (23,5%) e Cryptowall (3,4%). As três se propagam principalmente por mensagens de spam com arquivos anexos maliciosos ou links para páginas web infectadas. Mas os registros da Kaspersky Lab totalizam atualmente cerca de 15 mil variantes diferentes de ataques de ransomware e este número continua crescendo.

O Locky foi um dos ransomware mais ativos e disseminados no período. A Kaspersky Lab detectou ataques dessa praga em 114 países e ele ainda está em atividade. Já o Petya é uma variação desta ciberameaça interessante do ponto de vista técnico, pois além de criptografar os dados armazenados no computador, também consegue substituir o Registro Mestre de Inicialização (MBR) do disco rígido, impedindo que os computadores infectados inicializem o sistema operacional.

“Um dos motivos da popularização do ransomware é a simplicidade do modelo de negócios usado pelos cibercriminosos", afirma Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky Lab no Brasil.

Segundo ele, quando o malware infecta o sistema da vítima, é praticamente impossível removê-lo sem perder os dados pessoais. Além disso, a exigência do resgate por meio de Bitcoins tornou o pagamento uma operação anônima e quase impossível de ser rastreada, o que conferiu uma grande vantagem aos golpistas. Outra tendência perigosa é o modelo de ransomware como serviço (RaaS), onde os cibercriminosos pagam uma taxa ao dono do serviço, que oferece a infraestrutura necessária para fazer os ataques, ou ainda prometem uma porcentagem dos resgates pagos pelos usuários infectados. 

 

Site: CIO
Data: 13/05/2016
Hora: 16h01
Seção: Notícias
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