Real fraco abre frente para empresas nacionais de TI nos EUA

19/05/2016

Vender no exterior entra na mira das empresas nacionais de TI em função do Real perdendo vez frente ao dólar. O alvo de atuação segue sendo os Estados Unidos. Segundo o último relatório da Forrester, por exemplo, o mercado de TI norte-americano deverá crescer mais de 5% até 2017, oferecendo ao Brasil mais oportunidades para exportar. Sendo assim, as empresas de tecnologia não ficarão 100% dependentes da melhoria da economia brasileira.

“Cada vez mais, as companhias têm buscado alternativas para diversificar os seus negócios e a internacionalização, sem dúvida, tem sido uma opção bastante atrativa para aqueles que anseiam explorar mercados desenvolvidos e com grande potencial de consumo”, afirma Allan Pires, CEO da PA Latinoamericana e consultor da Apex-Softex de apoio à internacionalização das empresas nacionais de software.

A PA Latinoamericana, por exemplo, investiu para trazer executivos especialistas no processo de internacionalização, como é o caso das consultoras Luciana Paiva e Gláucia Chilliato. Ambas, com vasta experiência de mercado, compõem o time de apoio à internacionalização de empresas de tecnologia. “Trabalho há mais de 10 anos com o tema, apoiando empresas de TI nos seus movimentos de exportação e acredito que com a estrutura que já temos montada, podemos ajudar amplamente as empresas neste processo”, diz Luciana Paiva.

A consultora, também credenciada do Projeto Softex – Apex Brasil, acredita que a moeda brasileira fraca e a expansão do mercado internacional oferecem às provedoras de soluções de TIC maiores chances de internacionalização. Uma das vantagens está na produção do serviço com custo em Real e a comercialização deste mesmo serviço em moeda americana. 

“Tradicionalmente, as médias e pequenas companhias de tecnologia estão à parte do processo de exportação por desconhecimento ou mesmo por falta de recursos próprios para investir em toda estruturação necessária. Para isso, a PA Latinoamericana tem trabalhado de maneira bastante efetiva para tornar possível o sonho da internacionalização para este grupo de empresas”, conta.

Allan Pires ressalta que se a empresa for sozinha desembolsará pelo menos US$ 200 mil no primeiro ano. Pires reforça que “como a curva de aprendizagem de como abordar o mercado é longa, os resultados podem demorar. Além disso, as boas condições de mercado podem mudar. Por isso, fortemente recomendamos acelerar este processo por meio de alianças locais”.

E já empresas apostando no exterior. Uma delas é a Prime Systems, empresa do Grupo Seculus e especializada no desenvolvimento de soluções de mobilidade, fechou contrato de distribuição exclusiva com a PA Latinoamericana para exportar a sua solução chamada PrimeBuilder, com foco na América do Norte. Com faturamento de R$ 15 milhões e investimento de R$ 5 milhões, a empresa espera faturar R$ 150 milhões até 2020. 

Outra empresa que apostou nos EUA foi a goGeo, que recebeu um aporte de R$ 5 milhões da PA Latinoamericana para o desenvolvimento da plataforma que torna possível a uma empresa explorar, num único dia, grande volume de dados em tempo real com o Big Data Geoespacial. O investimento foi dividido em duas rodadas. Além disso, com a PA em Houston, no Texas, a goGeo abre uma nova frente de negócios nos Estados Unidos, tendo despertado interesse de investidores e empresas americanas com a apresentação da solução.

 

Site: Convergência Digital
Data: 18/05/2016
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Seção: Negócios
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