O Brasil representa metade das assinaturas LTE da América Latina. As operadoras brasileiras do mercado de telecomunicações detém em suas mãos 542 MHz de espectro radioelétrico para oferta de serviços, o que também coloca o país como líder no mercado latino-americano. E no primeiro trimestre deste ano, a cobertura de redes LTE atingiu o índice de 55,1% da população do país. O que representa um crescimento de mais de 10 pontos percentuais em função do mesmo período do ano passado, de acordo com dados da consultoria Teleco compartilhados com a 5G Americas.
No fim de 2015, as tecnologias de banda larga móvel 3G e 4G já respondiam por 67,7% das conexões. De acordo com a previsão da Teleco, em 2019 esta participação aumentará e irá cobrir 79,4% das conexões. Por outro lado, estima-se que as assinaturas Long Term Evolution (LTE) irão crescer, em termos de participação, de 9,9% em 2015 até 47,9% em 2019, aproximadamente.
Neste primeiro trimestre de 2016 observou-se crescimento de mais de 8,4% nos acessos de banda larga móvel a partir de smartphones, passando de 164,2 milhões no primeiro trimestre de 2015 para 178 milhões no mesmo período de 2016.
A maioria destes telefones corresponde à conexões em redes 3G, contudo esta tecnologia tem sido substituída pela 4G. Os acessos mediante terminais 3G tiveram uma redução de 6% em 206, em relação ao mesmo período de 2015, passando de 154,8 milhões para 145,5 milhões de conexões; enquanto que os acessos por 4G cresceram 246%, passando de 9,4 milhões para 32,5 milhões.
Preparando o caminho para a 5G
O próximo passo no desenvolvimento tecnológico da banda larga móvel, de acordo com a 5G Americas, é o LTE-Advanced (LTE-A), evolução natural das redes LTE que atualmente estão sendo implantadas ao redor do mundo.
Embora, no momento, existam apenas oito redes comerciais de LTE-A nas Américas (3 no Canadá; 4 nos EUA; e 1 em Porto Rico), nos últimos 12 meses têm sido realizados testes dessa tecnologia em mercados como Brasil, Argentina e Chile. Espera-se que estes mercados, em conjunto com a Colômbia, México e Uruguai, liderem a implantação de LTE-A na América Latina.
A chegada da LTE-A trará consigo vários benefícios, entre os quais se pode mencionar que atinge velocidades pico teóricas de até 1,2 Gbps na ligação descendente (downlink) e até 568 Mbps na ligação ascendente (uplink).
Um avanço significativo presente na LTE-A é a melhora na capacidade das antenas. Utilizando técnicas de transmissão MIMO ( Multiple-Input Multiple-Output), a LTE-A possibilita a comunicação entre as estações base com os dispositivos em várias camadas, contribuindo também para proporcionar altas velocidades de transmissão e utilização mais eficiente do espectro.
Outro aspecto favorável para a rápida adoção da LTE-A é ser compatível com a LTE, em outras palavras, os dispositivos LTE atuais funcionarão em redes LTE-Adavnced, e os dispositivos LTE-Advanced funcionarão em redes LTE anteriores.
A LTE-A oferece suporte para as redes heterogêneas (HetNet), um conceito fundamental na implantação de redes da próxima geração, que combina as “macro-células” das estações base tradicionais com as denominadas “pequenas células” (small cells), incluindo pico células ou células metro e Femto-células, estações base de menores dimensões e alcance.
Site: CIO
Data: 20/05/2016
Hora: 8h46
Seção: Tecnologia
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Link: http://cio.com.br/tecnologia/2016/05/20/metade-dos-brasileiros-ja-conta-com-cobertura-3g-ou-4g-afirma-5g-americas/