Novas fronteiras com a inteligência cognitiva

03/06/2016

Ele não pretende substituir qualquer profissional humano, seja um médico, um advogado ou professor, por exemplo, mas quer ser um auxiliar para cada um desses profissionais. Diz que é capaz de “reconhecer doenças antes mesmo que os pacientes apresentem sintomas, prever tendências antes que elas sejam moda, responder perguntas antes mesmo delas serem feitas.”  Para tanto, “ele é projetado para entender, raciocinar e aprender; em certo modo, para pensar.” Ele é o Watson, uma plataforma de computação cognitiva criada pela IBM, destaque na palestra “Fazendo IoT com Watson”, do líder LA Watson IoT Client Experience Center, da IBM,  Fernando Giglio, no dia 5 de julho das 11h40min às 12h20min.

O Watson utiliza processamento de linguagem natural e machine learning para revelar insights de grandes quantidades de dados não estruturado, que são 80% dos 2,5 quintilhões de bytes produzidos diariamentes no mundo. Hoje, explica Giglio, as empresas podem utilizá-lo em diferentes tipos de aplicação, de acordo com a área de negócio (saúde, direito, indústria, finanças etc) em que atuam, para analisar dados não estruturados, compreender cenários e questões complexos para posterior exibição de respostas e soluções específicas.

Quanto às preocupações explicitadas nas ficções científicas de um mundo dominado pelas máquinas, Giglio, descarta: “Ele (Watson) deve ser encarado como o advento de uma tecnologia que auxiliará os profissionais. O elemento humano, em toda a sua essência de sentimento e abstração não é vislumbrado como algo a ser substituído ou mesmo subjugado por máquinas.”

O Watson utiliza a inteligência cognitiva e, como explica Giglio, “de acordo com a finalidade em que vai ser aplicado, precisa aprender sobre o tema ou assunto.” Para tanto, todos os materiais, como documentos do Word, PDFs e páginas da web, relacionados são carregados para o Watson, com o objetivo de treiná-lo. Pares de perguntas e respostas  são adicionados  e ele  é automaticamente atualizado, conforme novas informações são publicadas.

O   IBM  Watson procura milhões de documentos para encontrar milhares de possíveis respostas. Por meio de algoritmo de pontuação avalia a qualidade das evidências acerca de uma resposta, para, em seguida, classificar todas as respostas possíveis com base na pontuação da sua evidência de apoio e chegar a uma resposta final. Desta forma pode estabelecer interação com os clientes e criar produtos e oferecer serviços. Esse negócio baseado na cognitividade pode acelerar a pesquisa e diminuir o tempo de colocação no mercado.

Para chegar às suas conclusões o Watson processa os chamados dados não-estruturados, que são aqueles provenientes de documentos no formato doc, docx, ppt, pdf, avi, XML, HTML, entre uma infinidade de outros formatos. Segundo Giglio, estes formam a maior parte dos dados atualmente presentes no mundo da informação e que não estão armazenados em bases de dados.

O Watson não tem limites para sua utilização, afirma Giglio, sejam áreas como finanças, saúde ou educação, que hoje são segmentos importantes. Alguns exemplos são o robô Pepper na área de finanças em auxílio ao SoftBank, seu primo Connie que recebe hóspedes para a rede Hilton, e, ainda, o CogniToy no apoio ao aprendizado de crianças.

Nesse universo de grandes aportes, a IBM investirá US$3 bilhões nos próximos quatro anos. Mas as pequenas empresas também podem se beneficiar, de acordo com Giglio. Para tanto, ele recomenda o acesso à área de Internet das Coisas da IBM, onde é possível conhecer cases, treinamentos e “literalmente” receitas de como se conectar na plataforma como serviço da IBM (Bluemix) e nos serviços e APIs de IoT, Watson etc. Dessa forma, diz, é possível começar a criar soluções para seus negócios específicos.

 

Fonte: IAA Comunicação