Ginni Rometty, CEO da IBM, rechaçou a ideia de que o supercomputador Watson seja um mecanismo de inteligência artificial. “Prefiro a expressão ‘sistema cognitivo’”, afirmou a executiva, que participou de uma das atividades da Code Conference 2016.
Na sua visão, a tecnologia desenvolvida pela empresa que comanda difere-se dos projetos tocados gigantes da indústria de TI como Apple, Microsoft, Google e Amazon. A questão, contudo, pode ser semântica.
De fato, não há consenso se computação cognitiva é uma categoria verdadeira ou apenas uma palavra da moda. O termo cognitive computing seria um subcampo embaixo do guarda-chuva da inteligência artificial. Só que essa subárea não é simples de ser definida.
Essencialmente, a expressão se refere a “computação focada na racionalização e compreensão de alto nível, de maneira análoga a cognição humana – ou, ao menos, inspirada por ela”. Tipicamente, trata-se de uma disciplina que lida com informações simbólicas e conceituais que vão além de dados puros para ajudar na tomada de decisões precisas frente a situações complexas.
Sistemas cognitivos, geralmente, usam uma variedade de técnicas de aprendizado de máquinas, mas cognitive computing não é um método de machine learning por si só. Ao invés disso, está mais para uma “arquitetura de subsistemas de IA que trabalham em conjunto”.
“‘Cognitivo’ é jogada de marketing”, dispara Tom Austin, vice-presidente do Gartner. “Isso implicaria achar que máquinas são capazes de pensar. Não faz sentido. Premissas ruins levarão a péssima conclusão”, adiciona.
Independente do teor do termo, Ginni não nega que o conceito de inteligência das máquinas terá um impacto significativo em nossas vidas dentro de, no máximo, cinco anos. “Basta olhar para os setores de saúde, educação e serviços financeiros”, indica, sinalizando segmentos de negócio que serão influenciados por essas tecnologias.
Site: Computerworld
Data: 06/06/2016
Hora: 18h05
Seção: Tecnologia
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Link: http://computerworld.com.br/watson-nao-e-inteligencia-artificial-insiste-ceo-da-ibm