Deputado Marcelo Freixo participa de Café da Manhã realizado pelo TI Rio

07/06/2016

Na manhã desta segunda-feira (06), o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) se reuniu com representantes do TI Rio e com empresários do setor de Tecnologia da Informação (TI).  O encontro faz parte de uma série de Cafés da Manhã promovidos pelo Sindicato com os pré-candidatos à prefeitura do Rio.

Durante o encontro, Freixo falou sobre a importância de se repensar a cidade do Rio de Janeiro para que ela seja mais justa e democrática, onde o transporte, a educação não sejam tão precários e o município, tão desigual.

“É inadmissível que o Rio de Janeiro seja tão desigual, pra mim isso não é uma cidade inteligente. Cidade inteligente primeiramente tem que ser democrática. Hoje, por exemplo, o Túnel Rebouças é quase um túnel do tempo. Você muda de século quando passa por ele", disparou Freixo, referindo-se ao túnel que liga a zona sul a zona oeste da cidade.

O parlamentar trouxe também para debate o papel da TI neste contexto de cidade democrática, a situação econômica que se encontra o Rio, mobilidade urbana, o papel da prefeitura no incentivo ao empreendedorismo, o fim do ciclo de grandes eventos e questões tributárias.

“A situação da prefeitura do Rio não é como a  do Governo do Estado, mas também não é uma situação confortável, tranquila. Há três anos que arrecadação de tributos vem diminuindo consideravelmente e no ano que vêm entraremos numa nova etapa, sem a realização de mega eventos, onde começarão a ser cobrados empréstimos feitos em 2010, como por exemplo, o do Banco Mundial. Precisamos nos reunir com economistas, especialistas para pensar alternativas que não pesem ainda mais a carga tributária".

O presidente do TI Rio, Benito Paret, enfatizou o potencial da cidade para a área de TI, mas admite que falta “vontade política” para articular este potencial.

“Os projetos na área da cultura da sociedade do conhecimento, os de Ciência e Tecnologia da Faperj e das nossas universidades ficam cada um no seu estanque. O negócio fica separado e congelado. Se nós não articularmos este potencial do Rio de Janeiro, não vamos a lugar nenhum. Agora, o potencial nós temos.... Lembro que o Rio de Janeiro é a única grande cidade do Sudeste que não tem um projeto para fomento da Tecnologia da Informação, há meu ver isso é falta de vontade política.”

Neste sentido, Marcelo Freixo sugeriu aos empresários que se reúnam para debater o modelo de cidade que queremos, uma espécie de “Se a Cidade fosse nossa”, só que voltado para a TI. O objetivo é reunir pessoas que sonham com um novo Rio de Janeiro, mais plural, livre e democrático, em que a população seja ouvida e possa opinar sobre temas específicos.

Também esteve presente o presidente da Fenainfo, Márcio Girão, que chamou a atenção mais uma vez para o potencial do Rio na TI e lembrou que apesar da ausência de fomentos no setor de TI da cidade, ela é reconhecida como o segundo maior polo de tecnologia do País.