Um estudo feito por especialistas da Kaspersky Labs nas três maiores áreas que receberão os eventos esportivos dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro - a área do Comitê Olímpico Brasileiro, o Parque Olímpico e os estádios do Maracanã, Maracanãzinho e o Engenhão- mostrou que uma em quatro redes sem fio nas áreas onde serão realizadas as competições é insegura ou configurada com protocolos de criptografia fraca.
Os especialistas rodaram um software rápido de reconhecimento (wardriving) e, em dois dias foram encontradas nas áreas visitadas 4.500 pontos únicos de acesso. A maioria usa o padrão 802.11n – hardware moderno, ideal para trabalhar com multimídia, pois oferece velocidades acima de 600Mbps.
Referente à segurança, os analistas da Kaspersky Lab verificaram que 18% das redes Wi-Fi pesquisadas é aberta – o que significa que todos os dados recebidos e enviados por elas não são protegidos por nenhum tipo de chave de criptografia. Adicionalmente, 7% delas usam a criptografia WPA-Personal, um algoritmo considerado obsoleto atualmente e que pode ser “quebrado” sem esforço.
"Isso é especialmente ruim, pois os usuários conectados a essas redes podem acreditar que estão protegidos, quando na realidade a rede pode ser comprometida e o criminoso pode fazer diferentes tipos de ataques para manipular o tráfego e os dados do usuário conectado a ela”, alerta Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky Lab no Brasil.
No total, ¼ de todas as redes Wi-Fi nas áreas onde serão realizadas as competições no Rio de Janeiro são inseguras ou configuradas com protocolos de criptografia fraca, onde cibercriminosos podem comprometê-las, manipulá-las e roubar os dados pessoais e financeiros das vítimas.
“É possível usar redes Wi-Fi abertas e ainda assim ter uma navegação segura. Entretanto, é necessário usar uma conexão VPN (Virtual Private Network). Recomendamos usar esta tecnologia independentemente da conexão de internet que você esteja usando. Dessa forma, o tráfego do seu dispositivo será criptografado e, mesmo que alguém consiga comprometer a rede Wi-Fi, não será possível ter acesso aos seus dados sem conhecer a chave para descriptografar a mensagem”, completa o analista da Kaspersky Lab.
*Com informações da Assessoria do Kaspersky Lab
Site: Computerworld
Data: 10/06/2016
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Seção: Opinião
Autor: Ana Paula Lobo
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